Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu governo negocia com o Congresso os moldes para o pagamento de uma nova rodada de auxílio emergencial, com duração de quatro meses e parcelas no valor de R$ 250. Segundo o chefe do Executivo, a equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, busca um acordo com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para que os valores acertados sejam “honrados por todos”.
Ainda segundo o presidente, a nova rodada de auxílio emergencial deve começar em março e terá a duração de quatro meses. O valor das parcelas será de R$ 250. A partir de julho, o governo federal pretende aprimorar o pagamento do Bolsa Família. “Isso está sendo conversado com com os presidentes da Câmara e do Senado, porque temos que ter certeza de que o que for acertado, na ponta da linha, seja honrado por todos nós, porque nossa capacidade de endividamento está no limite. O pagamento será por mais quatro meses para ver se a economia pega de vez. A gente espera que, ao final desses quatro meses, possamos ter uma nova proposta para o Bolsa Família. É essa a nossa intenção”, explicou.
“Aquela política do ‘fecha tudo e vai pra casa’ é muito boa para quem tem um bom dinheiro guardado, mas para mais de 40 milhões de pessoas, obrigadas a ficar em casa, foi um desastre. Tem muita gente que quer que a gente continue com isso [o pagamento do auxílio emergencial] eternamente. Isso não é dinheiro que está no cofre, é endividamento. A população quer voltar a trabalhar. Infelizmente, um ou outro governador, um ou outro prefeito, ainda teimam em baixar decretos [com o fechamento de atividades não essenciais]. Quem quer auxílio emergencial e a cidade está fechada, vai cobrar do prefeito, do respectivo governador, já que eles querem que você fique em casa eternamente e querem mandar a conta para nós pagarmos. Isso aí não existe. Se essa política demorar muito, as consequências danosas chegam para todo mundo. Queremos a volta da normalidade”, acrescentou o presidente da República.
Como a Jovem Pan mostrou, o governo federal condiciona o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial à aprovação da PEC Emergencial – a votação estava prevista para esta quinta-feira, 25, mas foi adiada porque não há consenso entre os líderes partidários sobre pontos específicos do relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC), entre eles a extinção dos gastos mínimos com educação e saúde. Os pisos dos dois setores precisam ser corrigidos pela inflação do ano anterior. De acordo com a Constituição Federal, Estados devem destinar 12% da receita à saúde e 25% à educação. Os municípios, por sua vez, têm de gastar, respectivamente, 15% e 25%. Esta ideia já havia sido defendida pelo senador Márcio Bittar no início de janeiro. À época, o emedebista afirmou que, se dependesse dele, não haveria mais o piso para os dois setores.
*Com informações de Jovem Pan.
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