O mercado financeiro revisou para cima a expectativa para a inflação de 2021 e reduziu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), segundo números publicados no Boletim Focus nesta segunda-feira, 8. Economistas e entidades consultadas pelo Banco Central estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano com avanço de 3,60%. Esta é a quinta revisão de alta seguida. Há uma semana, a expectativa era de 3,53%, enquanto há um mês a previsão chegava a 3,34%. O novo valor está mais próximo da meta de 3,75% perseguida pela autoridade monetária nacional, com margem para flutuar entre 2,25% e 5,25%. A inflação encerrou o ano de 2020 a 4,52% — acima das expectativas do mercado —, puxada principalmente pelo encarecimento dos alimentos. A meta para o Banco Central no ano passado era de 4%, com variação de 2,50% e 5,50%.
O relatório também mostra maior cautela com o crescimento da economia neste ano. As fontes consultadas pelo BC esperam que o PIB avance 3,47%, ante estimativa de 3,50% na semana passada. Há um mês, a previsão era de 3,41%. O valor está abaixo do divulgado pela equipe econômica nas últimas semanas, que espera crescimento de 3,50% da atividade econômica neste ano. Para 2020, a expectativa do Ministério da Economia é de recuo de 4,50%, o maior tombo do PIB desde o início da série histórica, há mais de um século. O avanço da pandemia do novo coronavírus e o atraso na vacinação são vistos por analistas como ameaças ao crescimento da economia neste ano.
As fontes ouvidas pelo Banco Central congelaram a expectativa para o câmbio a R$ 5,01, o mesmo valor da semana passada, e ligeiramente acima dos R$ 5 esperados há um mês. O dólar opera em queda na manhã desta segunda-feira, cotado a aproximadamente R$ 5,37. Na semana passada, a moeda norte-americana encerrou a R$ 5,38. A divisa fechou a semana com queda de 1,66%, e no ano acumula alta de 3,75%. O mercado manteve a expectativa para a taxa básica de juros para 3,50% no fim deste mês. O valor é o mesmo da semana passada. Há um mês, a expectativa era para alta de 3,25%. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic a 2% ao ano na primeira reunião de 2021, decisão já esperada pelo mercado financeiro. A novidade foi a retirada do foward guidance, como foi classificada a política de não aumentar juros. Em nota, os técnicos do BC afirmaram que as condições para a manutenção da Selic rebaixada já foram cumpridas. O recado, porém, enfatizou que a derrubada da medida não significa o aumento automático da Selic nos próximos encontros. Analistas do mercado preveem que a taxa básica de juros comece a sofrer alterações a partir de agosto. A próxima reunião do Copom será entre os dias 16 e 17 de março.
*Com informações de Jovem Pan.
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