A técnica de enfermagem afastada pela prefeitura de Niterói por aplicar uma “vacina de vento” em um idoso de 90 anos no posto drive-thru da Universidade Federal Fluminense (UFF), prestou depoimento na 76ª DP (Niterói) e foi indiciada pela Polícia Civil por peculato (crime que consiste na subtração ou desvio por parte de um funcionário público de um bem que ele tem acesso por conta do cargo que ocupa) e infração de medida sanitária preventiva (infringir determinação do poder público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa). Em depoimento prestado na delegacia, a técnica alegou cansaço para não ter aplicado a vacina corretamente no idoso.
Agora, segundo o delegado titular da 76ª DP, Luiz Henrique Pereira, o próximo passo da Polícia Civil será relatar o inquérito.
— Pretendo, até o fim da semana, relatar um inquérito e encaminhar para a Justiça. A investigação já está concluída. Só preciso fazer um relatório das imagens e juntar ao inquérito — declarou ele.
Outros dois casos estão sendo investigados pela Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) e a 105ª DP (Petrópolis), em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren). Um aconteceu na capital, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, quando a família de uma idosa filmou o momento em que a seringa foi aplicada no braço da senhora, mas sem a dose da vacina. Um parente que percebeu o erro chamou a atenção do profissional de saúde, que aí sim, preencheu a seringa.
O outro aconteceu em Petrópolis, quando uma idosa de 94 anos recebeu uma dose de ar no braço. Somente no dia seguinte, no sábado (13), a senhora pôde ser vacinada, depois que a Secretaria Municipal de Saúde da cidade entrou em contato com a família.
A Prefeitura de Petrópolis inclusive mudou o protocolo de vacinação contra a Covid-19 após o caso. Agora, todos os técnicos de enfermagem estão sendo orientados a mostrar seringas cheias e, depois da aplicação, vazias. A prefeitura também está pedindo que a população ajude na fiscalização, podendo filmar e fotografar, além de checar rótulo e validade dos frascos.
A Polícia Civil informou que se as investigações confirmarem que houve desvio de dose ou qualquer outra irregularidade, os profissionais de saúde poderão ser autuados pelo crime de peculato.
Já o Coren, em nota, disse que as investigações continuam e que as envolvidas e as coordenações responsáveis serão ouvidas em breve pelo departamento de ética.
*Com informações de Extra.
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