Novo reajuste da bandeira vermelha deve aumentar conta de luz em 5,5% para família com consumo médio
Nesta terça, a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) aprovou um reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 para
as contas de julho. A cobrança passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100
kWh consumidos, uma alta de 52%.
Segundo a Aneel, o acionamento além do previsto de usinas
termelétricas para garantir o fornecimento de energia em 2021 vai custar R$ 9
bilhões aos consumidores. De janeiro a abril deste ano, o uso emergencial
dessas usinas já custou R$ 4,3 bilhões.
Na bandeira vermelha patamar 2, que vai vigorar em julho, a
cobrança da conta de luz será de R$ 124,59 para uma família que
apresenta um consumo residencial de energia elétrica médio no país, de 152 kWh
por mês. Em junho, antes do reajuste desta terça, esse valor foi de R$
118,15.
Os cálculos foram feitos por Marcos Rosa dos Santos,
professor de engenharia elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e já
levam em conta os custos com PIS, Cofins e ICMS. As projeções desconsideraram
tributos municipais.
O forte impacto da crise hídrica nas contas de luz também
fica evidente quando se faz a comparação considerando a hipótese de a bandeira
verde estar em vigor, portanto, sem a cobrança de valor extra. Em junho, por
exemplo, com a bandeira verde, uma família gastaria em torno de R$
105,79. Nesse cenário, haveria um alta de 17,7% em julho.
Dados do Ministério de Minas e Energia apontam que o consumo
de eletricidade no Brasil deve crescer a uma taxa média de 2,1% ao ano entre
2019 e 2030, sendo que a demanda doméstica deve avançar 44% neste intervalo.
Segundo Luiz Carlos Pereira, professor de engenharia elétrica
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o próprio aumento da conta de
luz deve frear o consumo de energia dos brasileiros, uma vez que o orçamento
das famílias já está comprometido pela alta inflação do país.
Confira
estratégias para economizar energia:
Entre os vilões da conta de luz estão equipamentos que
consomem energia para gerar calor, como chuveiro elétrico, secadora de roupas,
aquecedor e ferro de passar. Eletrodomésticos tradicionais também aumentam os
gastos, principalmente geladeira, micro-ondas, freezer e lavadora de roupas.
·
Trocar lâmpadas fluorescentes por lâmpadas led;
·
Apagar as luzes durante o dia;
·
Reduzir tempo de banho para, no máximo, 10 minutos;
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Passar apenas as roupas necessárias;
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Desligar equipamentos em desuso da tomada;
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Diminuir a temperatura da geladeira no inverno;
·
Se possível, trocar eletrodomésticos antigos por
modelos novos.
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