Temos visto constantes publicações nas redes sociais sobre a
situação que o município está, devido a fumaça que encobriu toda a cidade. No início
das manhãs a situação é ainda pior.
Um incêndio de grande proporção que iniciou no último final
de semana, em uma área da fazenda Campininha tem contribuído, porém não é o único
fator responsável pela fumaça que cobriu a cidade. Segundo informações de representantes
do meio ambiente, o incêndio foi controlado nesta madrugada de terça-feira (24),
porém ainda está sendo feito o trabalho de rescaldo.
A fumaça provocada por pequenas queimadas nos fundos dos
quintais e a fumaça gerada pelos automóveis também tem contribuído.
Quando unimos toda essa poluição com o fenômeno chamado de “inversão
térmica”, temos o resultado que a população de Conchal esta vivenciando. É bom
lembrar que a “inversão térmica” acontece todos os anos.
Entenda
A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos
grandes centros urbanos industrializados, sobretudo naqueles localizados em
áreas cercadas por serras ou montanhas. Esse
processo ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma
camada de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura.
Outro
agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica retida nas regiões
próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes. Sendo
assim, a dispersão desses poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma
camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas queimadas, indústrias,
automóveis, etc. Veja exemplo na imagem abaixo:
Esse fenômeno se intensifica em períodos de temperatura baixa,
pois nessa época, em virtude da perda de calor, o ar próximo à superfície fica
mais frio que o da camada superior, influenciando diretamente na sua
movimentação. O índice pluviométrico (chuvas) também é menor, fato que
dificulta a dispersão dos gases poluentes.
Segundo explica o professor graduado em geografia, Wagner de Cerqueira,
a inversão térmica é um fenômeno natural, sendo registrada também em áreas
rurais e com baixo grau de industrialização. No entanto, sua intensificação e
seus efeitos nocivos se devem ao lançamento de poluentes na atmosfera, o que é
muito comum nas cidades.
Doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são
algumas das consequências da concentração de poluentes na camada de ar próxima
ao solo. Entre as possíveis medidas para minimizar os danos gerados pela
inversão térmica estão a utilização de biocombustíveis, fiscalização de
indústrias, redução das queimadas e políticas ambientais mais eficazes.
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