Homens lutam contra o fogo que se alastra rapidamente na Campinha – O incêndio já alcançou a Estação de Pesquisas
Dezenas de homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e voluntários
lutam nesta quinta-feira (26), para tentar controlar um incêndio de grande
proporção que atingiu a antiga Fazenda Campinha, no Distrito de Martinho Prado,
Mogi Guaçu/SP.
O incêndio que iniciou na tarde de ontem (25), já consumiu grande
parte da vegetação.
Segundo informações de representantes do Meio Ambiente, que
auxiliam no combate às chamas, o fogo já atingiu uma das Estações de Pesquisas
do lugar.
A prefeitura de Conchal enviou servidores com dois caminhões-pipas.
Maquinas também foram solicitadas para abertura de espaço na vegetação, para
impedir a propagação do fogo.
Núcleo de Pesquisa Reserva Biológica de Mogi Guaçu
O Núcleo de Pesquisa Reserva Biológica de Mogi Guaçu é um laboratório natural onde são desenvolvidas e apoiadas diversas pesquisas básicas e aplicadas, institucionais e interinstitucionais, nas áreas de ecologia, taxonomia, estrutura genética de populações, fisiologia e bioquímica, bioprospecção, interação solo-planta-animal, ciclagem de nutrientes, restauração da vegetação, levantamento da microfauna, entre muitas outras. Além disso, este núcleo de pesquisa é uma unidade de conservação da natureza de proteção integral que atua na conservação e gestão de um dos poucos remanescentes de Cerrado do Estado de São Paulo.
O Cerrado está entre os biomas
mais ameaçados do planeta, portanto, sua conservação é prioritária,
principalmente em áreas marginais, tal qual a Reserva de Mogi Guaçu.
Com área de 470 ha, essa reserva é parte da antiga Fazenda
Campininha, localizada no distrito de Martinho Prado Junior, no município de
Mogi Guaçu (SP), nas coordenadas geográficas 22º18′S e 47º11′W.
A altitude média é 600 metros, com topografia relativamente
plana. O clima é mesotérmico, com duas estações bem definidas. Uma seca de
inverno, nos meses de abril a setembro, e outra quente de verão, nos meses de
outubro a março. A precipitação média anual é 1335 mm. A temperatura média é
20,5 ºC.
Sua vegetação possui variações do cerradão ao campo,
incluindo as matas ciliares. Em suas fisionomias, abriga algumas espécies
constantes de listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção como a
Aristololochia labiata Willd, Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott
& Endl. e as palmeiras Acanthococos emensis Toledo e Euterpe edulis Mart
(Palmito Juçara), entre outras.
Possui exuberante fauna, destacando-se a ocorrência da
onça-parda (Puma concolor), do tamanduá-bandeira (Mymercophaga tridactyla), do
lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), do gavião belo (Busarellus nigricollis) e
da perdiz (Rhynchotus rufescens), também constantes de listas oficiais de
espécies ameaçadas.
A Reserva é dividida em seis setores, três deles destinados à
pesquisa não perturbatória, dois à pesquisa perturbatória e o último às
atividades de ensino
O Núcleo também atua no ensino e educação ambiental, contribuindo com os programas de pós-graduação do Instituto e de outras universidades públicas estaduais à medida que é local de realização de cursos, disciplinas, teses e dissertações.
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