A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma
ter recomendado, em reunião ocorrida no sábado (4), a quarentena de quatro
jogadores argentinos, ante a confirmação de que eles teriam prestado
informações falsas ao entrarem no Brasil para partida válida pelas
eliminatórias da Copa do Mundo. Na reunião, segundo a agência, estavam
presentes representantes da delegação da seleção argentina de futebol.
Conforme previsto na Portaria Interministerial 655, de 2021,
viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino
Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e Índia estão impedidos de ingressar no
Brasil.
A partida foi paralisada ontem (5), após 5 minutos de seu
início, depois dos quatro jogadores argentinos entrarem em campo, mesmo com a
determinação da agência de que teriam de cumprir isolamento no hotel para serem
deportados para a Argentina.
“Desde a
tarde deste sábado (4), a Anvisa, em reunião ocorrida com a participação de
representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da delegação argentina, recomendou a
quarentena de quatro jogadores argentinos”, informou, em nota, a
Anvisa.
A agência acrescenta que, mesmo depois da reunião e da
comunicação das autoridades, os jogadores argentinos teriam participado de
treinamento ainda na noite do sábado. Diante da situação, na manhã seguinte, a
Polícia Federal foi notificada.
A Anvisa afirma que “até a hora do início do jogo,
esforçou-se, com apoio policial, para fazer cumprir a medida de quarentena
imposta aos jogadores, sua segregação imediata e sua condução ao recinto
aeroportuário”.
As tentativas foram frustradas, desde a saída da delegação do
hotel até antes do início do jogo, “quando
a agência teve sua atuação protelada já nas instalações da arena de Itaquera”.
“A decisão
de interromper o jogo nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da
agência. Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras
e as normas sanitárias do país, e que ainda prestaram informações falsas às
autoridades, isso sim, exigiu a atuação da agência de Estado a tempo e a modo,
ou seja, de maneira tempestiva e efetiva”, complementa a nota.
A Anvisa acrescenta que os jogadores se recusaram a assinar a
notificação entregue pelas autoridades presentes no estádio.
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