Encontro São Paulo Ambiental estimula Municípios a assumirem protagonismo no desenvolvimento sustentável - Conchal foi representado pelo Vereador Ito e Luciano Bomfim do setor de meio ambiente municipal
Vereador Ito - Marcos Penido. secretário de infraestrutura e meio ambiente estadual e Luciano Bomfim, meio ambiente Conchal |
O encontro da maior e mais abrangente iniciativa em prol do
meio ambiente no estado, o Programa São Paulo Ambiental, aconteceu na última sexta-feira
(24), no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do Governador João Doria e
dos Secretários de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e Infraestrutura e
Meio Ambiente, Marcos Penido.
O Desenvolvimento Regional convocou Prefeitos e Secretários
Municipais de Meio Ambiente a assumirem protagonismo nas questões ambientais e
a debater ações ecológicas prioritárias. Também foram anunciadas linhas de
crédito, além de iniciativas eficientes de gestão ambiental a serem implantadas
nas cidades paulistas. Conchal foi representado pelo Vereador Ito e Luciano Bomfim
do setor de meio ambiente municipal
“Quero reafirmar o compromisso do Governo do Estado de SP com
o Meio Ambiente. O Refloresta SP é o maior programa de reflorestamento do país.
Serão 1,5 milhão de hectares recuperados até 2050, plantando florestas para
recuperar vidas. E também SP é o primeiro estado do Brasil a ter o ICMS
Ambiental”, destacou Doria. “E é muito importante que prefeitas e prefeitos
tenham esse compromisso ambiental nos seus respectivos municípios”,
complementou.
Estimativa das Secretarias estaduais de Desenvolvimento
Regional e da Fazenda aponta para a transferência de mais de R$ 5 bilhões ao
longo dos próximos dez anos, para os municípios que se empenham na preservação
ambiental e na adoção de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. As
estimativas apontaram também alteração expressiva de valores repassados aos
municípios que integram os Programas Vale do Futuro, Pontal 2030 e Viva o Vale.
“As iniciativas em defesa do meio ambiente têm protagonismo
na Gestão Doria. Em 2019, o Acordo Ambiental SP estimulou empresas paulistas,
associações e municípios a assumirem compromissos de redução de emissão de
gases de efeito estufa. Em 2021, o Estado assumiu o compromisso de reduzir a
zero as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE), até 2050. A tendência
dominante, não só aqui em SP, mas em praticamente todo o mundo, é a de que o
progresso e o desenvolvimento econômico e social caminham juntos com a
preservação e a valorização do meio ambiente. O SP Ambiental é iniciativa
fundamental neste campo”, afirmou o Secretário Marco Vinholi.
Estimulando as Prefeituras Municipais na adoção de medidas de
preservação, o programa apresentou ações já existentes para serem implantadas
localmente, além de lançar duas novas iniciativas.
Doria anunciou o lançamento do Programa Refloresta São Paulo,
uma parceria da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e o Banco
Desenvolve SP. O novo programa incentiva o aumento da cobertura de vegetação
nativa no Estado com o plantio de florestas em sistemas agroflorestais e
silvipastoris, que combinam a conservação e a produção agropecuária no mesmo
espaço.
A medida pretende aumentar a vegetação daqueles municípios
que possuem cobertura muito baixa para, pelo menos 10%, que é considerado o
índice mínimo aceitável para assegurar qualidade de vida aos habitantes e a
produção agropecuária. Já os municípios com percentual intermediário, entre 10%
e 30%, terão a cobertura elevada para 30%, que é considerado adequado para a
sustentabilidade ecológica.
“Pelo Desenvolve SP, empreendedores e prefeituras têm acesso
a linhas de crédito para projetos de reflorestamento e criação de áreas verdes,
iniciativas de redução de gases de efeito estufa, geração de energias
renováveis e eficiência energética, saneamento e gestão de resíduos sólidos e
aquisição de equipamentos que minimizem o impacto da atividade produtiva no
ambiente”, destaca Ana Paula Shuay, Superintendente de Negócios do Setor
Privado do Desenvolve SP.
Outra iniciativa lançada é o curso “Crise Climática:
adaptação, resiliência e biodiversidade”. Promovido pela CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo), no âmbito do Acordo Ambiental São Paulo, a
capacitação online é destinada a 250 agentes públicos municipais e estaduais.
As inscrições devem iniciar no começo de outubro.
Entre as iniciativas já implementadas pelo Governo de São
Paulo está o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), instrumento técnico e
político que estabelece diretrizes de ordenamento e de gestão do território,
considerando as características ambientais e a dinâmica socioeconômica de
diferentes regiões do Estado.
Ainda durante o evento no Palácio dos Bandeirantes, os
gestores municipais tiveram a oportunidade de conhecer o Plano Municipal de
Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA). O Diretor da Fundação SOS
Mata Atlântica, Mário Mantovani, explicou a importância de assumirem suas
responsabilidades na proteção da floresta por meio de instrumentos previstos na
Lei da Mata Atlântica, sendo um deles o PMMA, que normatiza elementos
necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata. O
plano é elaborado pela Prefeitura e deve ser aprovado pelo Conselho Municipal
de Meio Ambiente, com a participação do cidadão. A Fundação acompanha e apoia os municípios
interessados em elaborar os seus Planos Municipais da Mata Atlântica.
O Subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo Trani falou com os
gestores municipais sobre o Plano de Ação Climática – Net Zero 2050 do Estado
de São Paulo. Em julho deste ano, o estado anunciou o compromisso de
neutralidade climática, ou seja, reduzir a zero as emissões dos Gases de Efeito
Estufa (GEE), no território paulista, até 2050. As diretrizes do Plano cobrem
todos os setores da economia paulista e dão rumo para a recuperação verde da
economia com competitividade, inovação, empregos qualificados, resiliência e
proteção ambiental.
Há desde iniciativas de capacitação dos municípios para ações
resilientes até a despoluição do rio Pinheiros com o Programa Novo Rio
Pinheiros, iniciativas que buscam a segurança hídrica, energética, alimentar e
sanitária. No estado, a temática já é prioridade com o Acordo Ambiental São
Paulo. Criado em 2019 pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo),
tem como objetivo incentivar empresas paulistas, associações e municípios a
assumirem compromissos voluntários de redução de emissão de gases de efeito
estufa.
Já o Escritório das Nações Unidades para a Redução de Riscos
(UNDRR), apresentou aos municípios paulistas a campanha Construindo Cidades
Resilientes (MCR2030). Trata-se de iniciativa única entre os atores
comprometidos no alcance da resiliência local por meio do compartilhamento de
conhecimentos e experiências entre cidades, do estabelecimento de redes de
aprendizagem, articulação entre várias camadas de governo e construção de
parcerias.
Os pleitos e conquistas paulistas serão apresentados na 26ª
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), que ocorrerá
em novembro deste ano em Glasgow, na Escócia.
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