O Governo Federal utiliza o Cadastro Único (CadÚnico) para
contemplar famílias de baixa renda em suas políticas públicas. O instrumento é
responsável por coletar os dados de todos os núcleos familiares do país,
inclusive, os que estão em situação de pobreza e extrema pobreza.
Todavia, estar cadastrado no CadÚnico não significa a entrada
automática nos programas sociais do Governo. Porém, o registro é utilizado como
pré-requisito de concessão em programas como o Bolsa Família, Tarifa Social de
Energia Elétrica e Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo.
Quem pode
se inscrever no CadÚnico?
Famílias com renda mensal per capita de até meio salário
mínimo (R$ 550);
Famílias com renda bruta mensal de até três salários mínimos
(R$ 3.300);
Famílias com renda maior que três salários mínimos, desde que
o cadastramento esteja vinculado à inclusão em programas sociais nas três
esferas do governo;
Pessoas que moram sozinhas, nomeadas famílias unipessoais;
Pessoas que vivem em situação de rua, sozinhas ou com a
família.
O cadastro normalmente é realizado de forma presencial nos
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou em postos de atendimento
do Cadastro Único e do Bolsa Família. Em síntese, o atendente realiza uma
entrevista com o responsável familiar, que deverá apresentar alguns documentos
que comprove sua condição.
Vale ressaltar que o responsável pela família deve ter no
mínimo 16 anos, possuir CPF ou título de eleitor e ser, preferencialmente, mulher.
Neste sentido, será necessário estar com o seu CPF ou título de eleitor em mãos
e ceder pelo menos um dos documentos citados abaixo de cada membro da família:
·
Certidão de Nascimento;
·
Certidão de Casamento;
·
CPF;
·
Carteira de Identidade – RG;
·
Carteira de Trabalho;
·
Título de Eleitor;
Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI) –
somente se a pessoa for indígena.
Como é
feita a entrevista de cadastramento do CadÚnico?
Esta é uma das etapas mais importantes do processo, o
entrevistador social fará algumas perguntas referentes a vários aspectos da
realidade da família, como:
·
Quem são os membros da família;
·
Características do domicílio;
·
Despesas;
·
Presença de membro com deficiência na família;
·
Grau de escolaridade dos integrantes;
·
Características de trabalho e remuneração dos
integrantes da família; e
·
Se a família é indígena ou quilombola.
Atualização
de dados
Com a realização da inscrição no CadÚnico, a família
obrigatoriamente deve atualizar os seus dados a cada dois anos. Porém, em casos
alterações, como mudança de endereço da residência, por exemplo, a informação
deve ser repassada.
Neste caso, o próprio cidadão deve procurar um CRAS ou posto
do Cadastro Único e atualizar os seus dados. Vale ressaltar que o Governo
realiza uma revisão cadastral todos os anos e, caso as informações não sejam
atualizados em um prazo de 4 anos, o registro pode ser excluído do sistema.
Consulta de
dados
A família que desejar acompanhar a sua inscrição no sistema,
pode acessar o aplicativo Meu CadÚnico. Ele permite que o cidadão fique ciente
se há ou não dados desatualizados, bem como se precisa de uma nova atualização.
Além disso, é possível conferir se os dados estão em algum processo de
averiguação.
Sendo assim, o Governo Federal recomenda que a atualização
seja contínua e realizada sempre que houver alguma alteração nos dados
informados no momento do cadastramento, como:
·
Composição familiar, por nascimento, morte ou saída de
alguém da casa;
·
Endereço;
·
Renda;
·
Documentação do responsável familiar, ou
·
Mudança de escola das crianças e adolescentes.
Contudo, vale ressaltar que devido a pandemia decorrente da
Covid-19, a coleta de dados para inclusão ou atualização do CadÚnico pode ser
realizada pelo telefone, canais digitais ou, caso necessário, presencialmente.
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