As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a criação de
empregos formais em 2021. Dos cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho
formais criados no Brasil de janeiro a setembro, 1,8 milhão, o equivalente a
71% do total, originou-se em pequenos negócios.
A conclusão consta de levantamento do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. As MPE
abriram 1,2 milhão de postos a mais que as médias e grandes empresas nos nove
primeiros meses de 2021.
Apenas em setembro, os negócios de menor porte foram
responsáveis pela abertura de 72,5% das vagas formais no mês, com 227,9 mil de
um total de 313,9 mil postos de trabalho criados no mês passado. Na divisão por
setores da economia, somente os pequenos negócios apresentaram saldo positivo
na criação de empregos em todos os segmentos.O setor com mais destaque são os
de serviços, com a abertura de 103,4 mil vagas em micro e pequenas empresas de
um total de 143,4 mil postos apurados pelo Caged. De acordo com o Sebrae, o
avanço da vacinação contra a covid-19 tem impulsionado a recuperação do
segmento.
O segundo setor que liderou a criação de postos de trabalho
em setembro foi o comércio, com 54,4 mil vagas em micro e pequenas empresas, de
um total de 60,8 mil. Em seguida vêm indústria (37,6 mil de um total de 76,2
mil) e agropecuária (3 mil de 9,1 mil). No caso da construção civil, o saldo
positivo do mês passado se deve unicamente às MPE. Os pequenos negócios geraram
27,5 mil postos de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas fecharam
cerca de 3 mil vagas.
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