Estado de SP mobiliza população para a Semana de combate ao Aedes aegypti e Escorpiões - Neste ano, até setembro, foram registrados 34.224 acidentes envolvendo escorpiões e 9 óbitos
Entre segunda-feira (8) e sexta-feira (12), o Estado de São
Paulo realiza a Semana de Mobilização contra o Aedes aegypti e escorpiões,
inseridos pela primeira vez na estratégia de eliminação de criadouros e
prevenção à arboviroses e acidentes (confira balanços e dicas de combate
abaixo).
A Semana visa engajar a sociedade civil, municípios e organizações
públicas e privadas em atividades focadas na prevenção à dengue, chikungunya e
zika vírus, com foco especial no controle da proliferação do mosquito
transmissor dessas arboviroses. Além disso, a mobilização visa também reduzir
as chances de que a população sofra ataques de escorpiões que, assim como o
Aedes, podem se proliferar com maior facilidade no período de chuvas.
Cada município será responsável por desenvolver as
estratégias apropriadas para sua localidade, como visitas de agentes às
residências e medidas de conscientização da população para adotar cuidados
simples e que podem ser feitos diariamente.
“Pedimos a colaboração de todos nesta Semana de Mobilização e
que as atividades que realizarmos neste período se tornem parte da rotina da
população. Combater o Aedes e também os escorpiões é uma tarefa coletiva”,
afirma o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Arboviroses
O número de casos de dengue está em queda, neste ano. Ainda
assim, as ações de eliminação do Aedes são cruciais para reduzir ainda mais os
indicadores. Em 2021, até outubro, SP registrou 137,7 mil casos da doença e 54
óbitos. No mesmo período de 2020, foram 192,7 mil casos de dengue e 140 pessoas
faleceram pela doença.
Há estabilidade em relação à zika, com 11 casos neste ano e
12 no anterior, sem registro de mortes no período.
Estas três arboviroses podem ser prevenidas com a eliminação
de criadouros do Aedes. Vasos, pratos de plantas, ralos, lajes, calhas e
piscinas são recipientes que registraram aumento nos índices de incidência de
larvas. Além deles, caixas d’água, embalagens vazias, entulhos de construção,
sucatas, pneus e plantas, ocos de árvore, bambu, por exemplo também são locais
possíveis para proliferação. A limpeza adequada e regular, assim como, a
eliminação destes recipientes em quintais e espaços abertos, são fundamentais
para evitar que o mosquito deposite seus ovos.
Escorpiões
Neste ano, até setembro, foram registrados 34.224 acidentes
envolvendo escorpiões e 9 óbitos. No ano passado, foram 36.109 casos e 7
óbitos, números que já sugerem a importância de combate ao animal.
As melhores maneiras para evitar ataques são manter jardins e
quintais limpos; evitar o acúmulo de entulho, folhas secas e lixo doméstico;
manter a grama aparada; sacudir roupas e sapatos antes de usá-los; e usar telas
em ralos do chão, pias ou tanques.
Em casos de acidentes por qualquer animal peçonhento, como é
o caso do escorpião, é preciso procurar o serviço de saúde mais próximo para
receber o tratamento o mais rápido possível. Higienizar o local da picada com
água e sabão e aplicar compressa morna auxiliam a reduzir a dor. Se possível, é
recomendável capturar o animal e levar ao serviço de saúde, desde que isso
feito com segurança e não demore, pois, a prioridade é o atendimento médico
urgente.
Não deve ser feito torniquete, garrote ou curativo que feche
a ferida para evitar infecções; também não espremer ou sugar o local da picada;
não aplicar qualquer tipo de substância (álcool, querosene, fumo, ervas, pó de
café, terra). Gelo ou água fria acentuam a dor e, por isso, não é recomendado o
uso.
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