A produção de motocicletas totalizou 1.004.983 unidades no
acumulado de janeiro a outubro, o que representa um crescimento de 28,1% na
comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram produzidas 784.421
unidades. Em outubro, saíram das linhas de montagem 108.456 motocicletas, pouco
menos do que as 108.931 unidades produzidas no mês anterior. Em relação a
outubro de 2020, houve alta de 19,3%. Os dados foram divulgados hoje (17) pela
Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas,
Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Na avaliação do presidente da entidade, Marcos Fermanian, o
setor mantém o ritmo de produção aquecido, com a indústria de motocicletas
mostrando uma evolução positiva em sua curva de produção ao longo deste ano.
“Esse número é ainda mais significativo quando analisamos o contexto do ano,
que começou com um primeiro bimestre muito difícil devido a segunda onda da
pandemia do coronavírus em Manaus, que comprometeu cerca de 100 mil unidades.
Desde então as fabricantes têm imposto um ritmo intenso na produção para
atender a demanda”, disse.
Demanda
aquecida
Para os próximos meses, Fermanian acredita que a demanda deve
continuar alta, com a tendência de que a procura por motocicletas se mantenha
aquecida devido às altas consecutivas nos preços dos combustíveis. Entretanto,
ele alertou para as instabilidades do cenário macroeconômico. “Além disso, o
veículo é instrumento de trabalho para quem atua nos serviços de entrega e
opção de deslocamento seguro para evitar a aglomeração do transporte público.
Estamos atentos à alta nas taxas de juros, ao nível de emprego e outras medidas
que podem impactar negativamente a demanda por motocicletas”, explicou.
A Scooter foi a categoria que registrou a maior alta
percentual no volume de licenciamentos em relação aos dez primeiros meses do
ano passado, com 88.340 unidades emplacadas, aumento de 46,9% sobre 2020. Em
números absolutos, a categoria com maior volume de emplacamentos no acumulado
do ano foi a Street. Foram licenciadas 455.986 unidades, alta de 25,2% em
relação ao mesmo período de 2020 (364.104 motocicletas).
“O perfil do comprador da Scooter é aquele que quer um
veículo mais fácil de pilotar, ágil no trânsito e econômico. Essa praticidade
vem conquistando o consumidor brasileiro”, analisou o presidente da
Abraciclo.
Exportações
No acumulado do ano, foram exportadas 46.947 motocicletas,
aumento de 79,8% na comparação com as 26.109 unidades embarcadas no mesmo
período de 2020. Segundo dados do portal
de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques
totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os principais mercados foram a
Argentina, a Colômbia e os Estados Unidos. Para o mercado argentino, foram
embarcadas 13.423 motocicletas, o que representa 28% do volume total exportado.
As exportações para a Colômbia totalizaram 10.565 unidades (22% do total
exportado). Já os Estados Unidos receberam 10.501 motocicletas (21,9%).
De acordo com os dados da Abraciclo, em outubro os embarques
de motocicletas para o mercado externo totalizaram 4.182 unidades. O volume foi
14,2% menor que as 4.872 motocicletas exportadas em setembro e 79,5% superior
na comparação com o mesmo mês do ano passado (2.330 unidades). Os três
principais destinos das motocicletas foram a Argentina (1.240 unidades e 24,1%
do total exportado), o Canadá (1.134 unidades e 22,1%) e os Estados Unidos
(1.114 unidades e 21,7%).
*Agência Brasil https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-11/producao-de-motocicletas-ultrapassa-1-milhao-de-unidades-no-ano
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