Conchal: Conselho Comunitário de Segurança volta às atividades e convoca população para participar do primeiro encontro no dia 31/01 – Objetivo é de discutir ideias com a comunidade e traçar metas para melhoria “real” da segurança no município
O Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG), de Conchal
voltou às atividades que estavam suspensas desde 2020, em decorrência da pandemia
provocada pelo Covid-19.
Aconteceu na noite de segunda-feira (24), uma pré-reunião, entre
parte dos membros e convidados, para definir as datas em que acontecerão as
reuniões com a participação ativa de toda a população.
A primeira reunião com a participação popular acontecerá na próxima
segunda-feira (31), as 19hs, no espaço cedido pela Igreja do Nazareno,
localizado à rua 15 de Novembro, nº 481, no centro da cidade (ao lado do Fórum).
As mediadas de segurança para evitar a disseminação do Covid-19, serão adotadas.
Além da população, deverão participar da reunião, o Delegado
de Polícia Civil, o Sargento da Polícia Militar, Comandante da GCM, Diretor de Segurança
do município, todos os vereadores, prefeito e vice-prefeita, representantes do
comércio, igrejas, Conselho Tutelar, empresários, imprensa e, todos os
representantes, dos mais diversos seguimentos da sociedade, que estejam realmente
interessados em contribuir com a melhoria da segurança pública do município.
O que é um CONSEG?
A ideia do Conselho Comunitário de Segurança surgiu para
criar um espaço onde a comunidade pudesse se reunir e pensar estratégias de
enfrentamento dos problemas de segurança, tranquilidade e insalubridade da
comunidade, orientados pela filosofia de polícia comunitária.
Podemos dizer que os CONSEGs são entidades de apoio às forças
policiais, que representam grupos de pessoas de uma mesma comunidade, que se
reúnem para discutir, planejar, analisar e acompanhar as soluções dos problemas
que refletem na segurança e na qualidade de vida local. São, portanto, um meio
de estreitar as relações entre comunidade e polícia, e fazer com que estas
cooperem entre si.
Por que formar parcerias para a construção da segurança?
A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 144, que a
SEGURANÇA PÚBLICA é dever do Estado, mas também é direito e RESPONSABILIDADE de
todos. Esse importante marco da democracia no Brasil reforça a participação do
cidadão na definição das ações de preservação da ordem pública.
Um dos caminhos para operar essa “responsabilidade
partilhada”, em proveito da construção da segurança pública, é a implantação
dos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs). Dessa forma, a comunidade
poderá promover a desejada parceria com as forças de segurança, ao mesmo tempo
em que exercita sua cidadania. Esse cenário é a oportunidade para a comunidade
auxiliar na prevenção do crime e se autodesenvolver, aprendendo a lidar melhor
com os problemas que afetam a qualidade de vida local.
As ações da comunidade mobilizada e organizada possuem muito
mais força para autoproteção e resolução dos problemas de segurança da sua
área, do que os atos isolados e individuais, principalmente, no que diz
respeito às reivindicações junto às polícias e autoridades cívicas eleitas.
Essa participação, inclusive, é fundamental para que a
comunidade possa apontar as suas necessidades, temores e fragilidades,
contribuindo na definição das prioridades de segurança pública e dividindo
responsabilidades com as polícias e os demais atores sociais para a resolução
de problemas.
A visão atual busca estimular a aproximação e o envolvimento
das instituições policiais com as comunidades, de modo que possam conhecer
melhor o ambiente, as pessoas e a realidade de cada área e permitam a
democratização de suas atividades enquanto Estado, promovendo a participação do
cidadão.
Quem participa?
Para que os CONSEGs alcancem resultados importantes no
resgate da sensação de segurança da comunidade e na prevenção dos delitos e da
desordem urbana, é indispensável envolver diferentes atores sociais que possam,
direta ou indiretamente, contribuir com a resolução dos problemas locais. Esses
parceiros são comumente chamados de “Os Seis Grandes” da Polícia Comunitária:
·
Polícia: compreende as forças de segurança pública
local, como as Polícias Militar e Civil, a Guarda Municipal, bem como as demais
instituições integrantes do Sistema de Segurança Pública e Defesa Social, como
o Corpo de Bombeiros Militar, o Departamento Penitenciário ou mesmo as Polícias
Federal e Rodoviária Federal.
·
Comunidade: inclui todos os cidadãos que atuam, moram,
trabalham e estudam no bairro. Todas as pessoas devem ser envolvidas e
comprometidas.
·
Autoridades Cívicas Eleitas: quando pensamos em nível
local, destacamos a importância dos prefeitos, administradores das cidades e os
vereadores eleitos. Mas em muitos casos, o envolvimento e apoio de deputados
estaduais e federais serão decisivos para o futuro da polícia comunitária.
·
Comunidade de Negócios: engloba os empresários e
comerciantes locais, independentemente do tamanho de seus empreendimentos.
·
Outras Instituições: além das instituições públicas
(justiça, saúde, educação, assistência social, etc.), entram nesse contexto as
instituições sem fins lucrativos, como ONGs, igrejas, associação de moradores,
clubes de serviços, entre outras.
·
Mídia: engloba todos os tipos de mídias, digital ou
não, a exemplo das redes de televisão, rádios, jornais, etc.
Quem ganha com os CONSEGs?
Primeiro, a própria COMUNIDADE, porque os CONSEGs trarão
reflexos na qualidade de vida da comunidade, proporcionando mais segurança e
integração.
Na mesma medida, a POLÍCIA, pois poderá contar com a ajuda da
comunidade, facilitando seu trabalho e tornando-o mais eficaz.
E por último, e não menos importante, VOCÊ! Porque esta é uma
maneira de ter mais segurança tanto para você quanto para sua família.
De que forma os parceiros do CONSEG podem ajudar?
Existem inúmeras formas pelas quais os parceiros do CONSEG
podem auxiliar na construção de uma comunidade mais segura. A qualidade da
participação de cada um deles nessa construção dependerá de fatores que podem
variar desde o nível de comprometimento com a comunidade até a integração entre
dois grupos, além da capacidade de cada um em alcançar os objetivos propostos.
Para tanto, os objetivos do CONSEG precisam ser claros e possíveis de serem
executados.
A comunidade poderá organizar-se a fim de desenvolver
projetos destinados à prevenção ao crime e participar ativamente na melhoria
das condições de vida local, evitando acumular lixo nas ruas, coibindo ações
depredatórias e, com o apoio da prefeitura, manter as praças e os logradouros
públicos sempre limpos, iluminados e bem frequentados.
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