Após a repercussão da história do líder de produção Leandro Rodrigues, de 28 anos, que não desistiu durante 12 anos de encontrar o principal suspeito de matar o pai, em Registro, no interior de São Paulo, o jovem recebeu muitas mensagens de apoio nas redes sociais, e de pessoas que relatam esperar há anos a resolução de um crime. https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2022/03/24/filho-que-achou-assassino-do-pai-apos-12-anos-de-buscas-se-emociona-nunca-desistir.ghtml
Leandro conseguiu pistas da localização do suspeito de matar seu pai durante pesquisas na web. E, após entregar à polícia e à Guarda Municipal as informações que levantou, o homem foi preso.
"Já teve pessoas que acharam meu Facebook, falando que estão na mesma situação que eu vivi. Espero que esse seja o caminho, sempre tem alguém passando por tudo isso, querendo justiça, e fica a lição para nunca desistir", destaca.
Desses, 13 milhões, ou seja, 17,2%, estavam suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, aguardando alguma situação jurídica futura. Dessa forma, desconsiderados tais processos, teve-se que, em andamento, ao fim do ano de 2020 existiam 62,4 milhões ações judiciais.
O caso de Leandro poderia ainda fazer parte destas estatísticas, caso ele tivesse desistido de encontrar o suspeito da morte de seu pai. E foi sua persistência, por 12 anos, que lhe rendeu centenas de mensagens nas redes sociais.
Uma mulher que conheceu a história pelas redes sociais também localizou Leandro e deixou uma mensagem. "Só queria te dizer que fiquei impressionada com sua persistência e inteligência para encontrar esse bandido. Lamento por sua perda, e torço para que essa pessoa passe muitos anos na cadeia. Parabéns por sua atitude, é realmente digna de um filme", escreveu.
Relembre a história de Leandro
O homicídio do pai do jovem ocorreu em 2010. Leandro ainda era adolescente, e o pai dele, Elder Alves, tinha 38 anos. À época, a vítima estava indo até uma delegacia registrar um boletim de ocorrência contra o suspeito, que já havia o agredido e o ameaçava de morte. Contudo, Elder foi atingido por dois tiros, a poucas quadras do distrito policial, sendo que um dos disparos atingiu o coração, e ele não resistiu.
Após investigações, a Justiça decretou a prisão do suspeito, mas ele estava foragido desde então. Porém, ele nunca desistiu de localizá-lo. Inclusive, o líder de operação chegou a conseguir um estágio no Fórum da cidade, com o objetivo de acompanhar o processo. Mas, abalado com as fotos que viu do pai baleado, que estavam anexadas aos documentos, e com a falta de respostas, ele mudou de município pouco tempo depois, mas continuou as buscas.
Até que, certo dia, ele fazia uma pesquisa na internet e descobriu que o suspeito abriu uma empresa no nome verdadeiro dele, na cidade de Aracaju (SE), porém, deu um telefone de Curitiba (PR).
Leandro conseguiu, por meio de um PIX enviado para esse número de contato, identificar o nome da esposa do homem, e encontrar ambos nas redes sociais, identificando que o acusado estava vivendo na Fazenda Rio Grande, no Paraná. Depois, repassou as informações à Polícia Civil e à Guarda Municipal, e o suspeito foi localizado e preso.
*Com informações: G1.
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