ONU: Brasil vota por resolução contra Rússia - A decisão de hoje reforça o isolamento da Rússia no cenário global
Após votar a favor da resolução que condena a invasão russa
na Ucrânia, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, voltou a
criticar o que ele chamou de “aplicações indiscriminadas de sanções”, sem citar
a Rússia. O brasileiro disse que o texto aprovado nesta quarta-feira, 02, não é
suficiente para chegar à paz, mantendo o posicionamento neutro do país na
discussão.
“A
resolução não pode ser vista como permissiva em relação à aplicação
indiscriminada de sanções e ao uso de armas. Estas iniciativas não são
condizentes com um diálogo diplomático construtivo e podem aumentar a tensão,
além de terem consequências imprevisíveis na região e além dela”, pontuou
Filho.
Para o embaixador, a única saída viável para o conflito é a
diplomacia negociada entre Rússia e Ucrânia. No discurso, ele reforçou que o
papel de apoio das Nações Unidas foi deixado de lado em prol do “desejo de
apontar dedos”. Para Filho, a “paz exige mais do que silenciar armas” e a
“única pré-condição deve ser um cessar-fogo imediato”.
“A
resolução, confirme foi adotada, no entanto, não vai longe o bastante para
ressaltar que o cessar da hostilidade é apenas o primeiro passo para chegar à
paz. A paz sustentável pede medidas adicionais. Nesse sentido, é lamentável que
o papel de apoio das Nações Unidas, o que a ONU deve representar, foi deixado
de lado nesse desejo de apontar dedos”, disparou o diplomata.
A decisão de hoje reforça o isolamento da Rússia no cenário
global, o que pode pressionar a retirada das tropas de Moscou do território
ucraniano. Belarus seguiu o aliado ao votar contra o texto, seguido da Síria,
Coria do Norte, Eritreia.
Muitos países da África estão entre os países que se
abstiveram na votação, como Angola, Argélia, África do Sul, Moçambique. Nas
Américas, Bolívia, Cuba, Nicarágua e El Salvador também ficaram neutros. A
China e Índia repetiram o voto de abstenção que deram no Conselho de Segurança.
Entre os votos favoráveis, os destaques vão para os Estados
Unidos, Ucrânia e boa parte das principais potências da Europa, a exemplo da
França e Alemanha. *BandNews
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