Segundo a plataforma, serão derrubados vídeos com "informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados".
Essa regra já havia sido adotada pelo YouTube para vídeos publicados após as eleições dos Estados Unidos, em 2020, e da Alemanha, em 2021. "Agora, ela será aplicada às eleições presidenciais brasileiras de 2018", explica a empresa.
"Isso inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na eleição presidencial de 2018 e de que os votos foram adulterados", diz o serviço.
As regras do YouTube impedem ainda vídeos que incluem informações falsas sobre inelegibilidade de candidatos ou que incitem o público a impedir ou atrapalhar quem está tentando votar.
O presidente Jair Bolsonaro alegou por três anos que houve "fraudes eleitorais" na disputa de 2018 e, em julho de 2021, reconheceu não ter provas das acusações.
A apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. O pedido de inclusão foi feito por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2 de agosto.
Ainda em julho de 2021, o YouTube removeu vídeos do canal do presidente que violaram regras contra conteúdo sobre a pandemia que ofereça riscos de danos significativos aos usuários.
Bolsonaro também teve uma live removida do YouTube e do Facebook por conta de uma mentira sobre relação entre a vacina conta a Covid-19 e Aids
O YouTube disse que mostrará painéis com informações oficiais do TSE e prometeu exibir fontes confiáveis nas pesquisas e na área de vídeos relacionados. A ideia, segundo a plataforma, é limitar a disseminação de vídeos enganosos ou que estejam no limite de respeito às suas regras.
"Ajustamos o sistema de recomendações para diminuir a visualização de vídeos que chegam perto de violar as diretrizes da comunidade. Nosso objetivo é manter as visualizações de recomendações para conteúdo duvidoso abaixo de 0,5%", informou o serviço.
O Google, dono da plataforma, indicou que está fazendo mudanças por conta das eleições brasileiras. Em novembro de 2021, a empresa começou a verificar no Brasil anunciantes interessados em veicular propaganda eleitoral em seus serviços.
*Com informações: G1.
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