O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson
Fachin, afirmou nesta quinta-feira, 12, que quem trata das eleições no Brasil
são “forças desarmadas” e “nada e ninguém vai interferir” no processo.
O ministro deu as declarações durante um evento para teste de
urnas eletrônicas. “Quem trata de
eleições são forças desarmadas. Portanto, as eleições dizem respeito à
população civil que, de maneira livre e consciente, escolhe seus
representantes. Diálogo sim, colaboração sim, mas na Justiça Eleitoral, quem dá
a palavra final é a Justiça Eleitoral”, declarou.
A manifestação de Fachin vem dias depois do presidente Jair
Bolsonaro (PL) voltar a questionar a legitimidade do processo eleitoral. O
chefe do Executivo disse, em uma live, que as Forças Armadas não vão participar
das eleições apenas como expectadoras.
Na última segunda-feira, 9, o TSE também rejeitou as
propostas do Ministério da Defesa para o sistema eleitoral. A Corte também
negou a existência de uma “sala escura” para apuração de votos, citada por
Bolsonaro algumas vezes.
Questionado por jornalistas, Fachin disse que não manda e nem
recebe recado de ninguém. “Quem investe contra o processo eleitoral investe
contra a Constituição e contra a democracia. Quem defende ou incita intervenção
militar está praticando um ato que afronta a Constituição e a democracia. Não
se trata de recado, é uma constatação”, afirmou. “A Justiça Eleitoral está
aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja tomar
as rédeas do processo eleitoral”, acrescentou o ministro.
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