A Caixa Econômica Federal tem vários servidores
subaproveitados em agências bancárias. Segundo informações do jornal Folha de
São Paulo, existem casos de servidores que recebem R$ 45 mil e exercem funções
similares a de servidores recém contratados com salários de R$ 3 mil, como por
exemplo organizar filas das agências.
Em documento enviado ao Ministério Público do Trabalho (MPT),
a Caixa informou que 123 funcionários, que trabalhavam em Brasília na sede,
foram transferidos para agências bancárias em um intervalo de 90 dias, entre o
final de 2020 e o início de 2021.
No entanto, os sindicatos que representam a categoria
garantem que o número de transferências é maior do que o informado.
Os funcionários subvalorizados já exerciam seus respectivos
cargos há mais de dez anos e por isso incorporaram salários mais altos. Ainda
sim, muitos tinham recebidos investimentos do próprio banco tendo a
oportunidade de fazer cursos de formação e certificações.
À Folha, funcionários da Caixa — que não foram identificados
— afirmaram que sofreram retaliações após problemas com a gestão do agora
ex-presidente do órgão, Pedro Guimarães, que pediu demissão após várias
acusações de assédio sexual e moral. Os servidores apontam ainda que
represálias podem ter ocorrido por motivos políticos, pois alguns ocuparam
altos cargos nos governos petistas.
Em nota ao Correio, o MPT confirmou que está investigando o
caso e informou que se forem confirmadas as irregularidades "caberá
propositura de termo de ajuste de conduta (TAC) ou de ação civil pública".
Ao Correio, a Caixa Econômica informou que a movimentação
interna de seus empregados ocorre "conforme a legislação em vigor e
observando as necessidades estratégicas do banco".
Já para à Folha, a empresa completou ainda que investigações
internas estão em andamento e que o Conselho de Administração pediu a
contratação de uma outra empresa — externa e independente — para verificar
todos os casos de transferências e que existem canais de denúncias, de gestão
de entidade externa, que se responsabiliza pela preservação da identidade dos
denunciantes.
*Correio Braziliense
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