Índice Nacional da Construção Civil sobe 1,48% em julho - Custo da construção, por metro quadrado, é de R$ 1.652,27
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) avançou 1,48%
em julho, o que significa um recuo de 0,17 ponto percentual em relação ao
apurado em junho: 1,65%. O acumulado de janeiro a julho é de 9,11%, mas, nos
últimos 12 meses, atingiu 14,07%. Esse percentual é um pouco abaixo dos 14,53%
registrados nos doze meses imediatamente anteriores.
Os dados fazem parte do Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) de julho, divulgado hoje (9), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, explicou que o segundo
semestre começa com o terceiro maior índice do ano. A influência, mais uma vez,
é da alta nas duas parcelas que o compõem: material e mão de obra.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, chegou a
R$ 1.652,27 em julho. Desse valor, R$ 987,88 correspondem a materiais e R$
664,39 à mão de obra. No mês anterior, o custo nacional tinha fechado em R$
1628,25.
Em relação a junho, a taxa da parcela de materiais alcançou
1,38%, o que significa alta de 0,19 ponto percentual. Naquele mês tinha ficado
em 1,19%. Na comparação com o índice de julho de 2021, que era de 2,88%, houve
queda de 1,50 ponto percentual.
“A parcela dos materiais apresentou alta em relação ao mês
anterior. Quando comparado ao índice de julho de 2021, temos uma queda
significativa”, disse o gerente.
Acrescentou que, apesar dos acordos coletivos de trabalho
firmados no período, a parcela da mão de obra registrou, em julho, variação de
1,62%, caindo 0,73 ponto percentual em relação a junho.
Os materiais acumularam variação de 8,56% de janeiro a julho
de 2022 e 9,92% para mão de obra. Em 12 meses ficaram em 15,82% e 11,52%,
respectivamente.
Estados
A maior taxa entre os estados foi anotada no Paraná. Lá,
houve avanço na parcela de materiais e reajuste para as categorias
profissionais, o que contribuiu para a variação mensal de 5,18%.
A região Sul, onde também houve acordos de categorias
profissionais no Rio Grande do Sul, foi a que teve a maior variação regional em
julho: 3,33%. Na região Norte, 0,85%, no Nordeste, 1,50%, no Sudeste, 1,05% e
no Centro-Oeste, 1,24%.
Já os custos regionais, por metro quadrado, atingiram R$
1.622,08 no Norte; R$ 1.546,52 no Nordeste; R$ 1.723,94 no Sudeste; R$ 1.717,01
no Sul e R$ 1.658,26 no Centro-Oeste.
“Neste mês, o Paraná destacou-se com a maior taxa entre os
estados. Com o Rio Grande do Sul apresentando a terceira maior taxa do mês, a
região sul registrou a maior variação em julho”, observou Oliveira.
Finalidade
do Sinapi
O objetivo da pesquisa, uma produção conjunta do IBGE e da
Caixa, é produzir séries mensais de custos e índices para o setor habitacional,
e, ainda, séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos
de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores
de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
Segundo o IBGE, as estatísticas do Sinapi “são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos”.
*Agência Brasil
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...