Número de denúncias de assédio eleitoral cometido por empresas contra funcionários sobe 160% em uma semana, diz MPT
O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que, até a
tarde desta terça-feira (18), já havia registrado 447 denúncias de assédio
eleitoral nas eleições de 2022. Na semana passada, o número computado pelo MPT
era de 173 – aumento de quase 160%.
O assédio eleitoral é crime e ocorre quando um empregador age
para coagir, ameaçar ou promete benefícios para que alguém vote em determinado
candidato.
A região Sul do país é a que mais contabiliza casos até o
momento: 171. Os três estados da região também ocupam a primeira, segunda e
terceira posição no ranking, sendo o Paraná o campeão de denúncias, com 64
ocorrências. Santa Catarina aparece em seguida com 54 denúncias; e Rio Grande
do Sul com 53.
O Procurador-Geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira,
afirmou que diferentemente das últimas eleições, os mais de 400 casos do 2º
turno estão relacionados a quase 400 empresas.
Segundo ele, em pleitos passados, as denúncias estavam concentradas
em poucas empresas.
Ramos Pereira falou com a imprensa após uma reunião com o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em que
foram discutidas maneiras de intensificar o combate ao assédio eleitoral.
"A tendência de alta é evidenciada e contra fatos não
tem argumentos. Então realmente houve um aumento, houve uma disseminação, a forma
da banalização do que é ilícito ficou muito evidenciada e é isso que a gente
tem que combater", disse o procurador.
"Então, a reunião de hoje foi para aproximar as
instituições, fazer com que a gente consiga articular atos e atitudes e para
combater essa disseminação atual de ilícito, de assédio eleitoral",
completou.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...