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Tarcísio e Haddad disputarão o segundo turno para o governo de São Paulo

Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) decidirão no segundo turno, no próximo dia 30, quem será o futuro governador de São Paulo. O resultado foi confirmado às 20h32 deste domingo (2). Com 92,27% das urnas apuradas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tarcísio obteve 9.178.828 (42,59%) dos votos e Haddad, 7.643.407 (35,46%) dos votos.

Rodrigo Garcia (PSDB) recebeu 3.966.001 votos (18,40%) e ficou em terceiro lugar. Após quase 30 anos, os tucanos deixam a disputa para o comando do estado.

Votos nulos foram 1.976.126 (7,89%), e brancos, 1.503.222 (6,01%). O índice de abstenção foi de 21,68%.

O estado de São Paulo não decidia uma eleição em segundo turno desde 2002, quando Geraldo Alckmin (PSDB), atualmente no PSB e vice na chapa de Lula, venceu José Genoino (PT). Segundo o calendário da Justiça Eleitoral, o segundo turno está marcado para 30 de outubro.


Em discurso após o resultado da eleição do primeiro turno, Haddad agradeceu os integrantes da campanha.

"Orgulho de ter feito a maior campanha do campo progressista. Estamos com uma diferença pequena em relação ao Tarcísio, em 2012 também foi assim. Passamos por mais de 150 cidades na campanha, fomos bem recebidos sem exceção. Não houve incidentes graves nem leves. Muito agradecimento pelo carinho nessa jornada. Chegamos aos 36 por cento, não era o que almejávamos, mas perto da meta. Acreditamos que lula chegará a 48 ou até mais e temos que conversar agora com os outros setores da sociedade, que não nos apoiaram nesse início. Tenho todo o interesse de conversar com Rodrigo Garcia", afirmou.

Campanha

A eleição estadual foi pautada pela disputa presidencial, que influenciou significativamente os debates e as entrevistas entre os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. Fernando Haddad fez campanha ao lado do ex-presidente Lula e usou os feitos como ministro da Educação do governo petista como argumento. Já Tarcísio de Freitas se apoiou em seu padrinho político e defendeu o governo de Jair Bolsonaro, do qual fez parte, durante o período.

Assim como na campanha nacional, a paulista foi marcada pela polarização, em que os candidatos de Lula (Haddad) e Jair Bolsonaro (Tarcísio) buscaram atrair a atenção do eleitor e escantear o tucano, que tentava a reeleição. Foi esta a estratégia de ambos nos quatro debates dos quais participaram.


Nas inserções em rádio e TV, os ataques foram frequentes. A campanha de Tarcísio se dedicou a falar do patrimônio do tucano na TV, alegando que ele tem escondido supostas “verdades do seu passado” dos eleitores, ligando também a imagem de Rodrigo às ações polêmicas de João Doria (PSDB) no governo de São Paulo, de quem ele era vice.

Rodrigo, por sua vez, usou as propagandas na TV para dizer que Tarcísio “caiu de paraquedas em São Paulo e não sabe o seu local de votação”.

A campanha tucana também usou o tempo de TV do candidato ao Senado Edson Aparecido (MDB), da mesma chapa de Rodrigo, para atacar Haddad. Segundo uma das inserções, “é preciso mostrar o cartão vermelho para a turma do PT mais uma vez”. A peça publicitária do MDB usava a imagem da ex-presidente Dilma Rousseff junto com Haddad para criticar a gestão do petista na cidade de São Paulo, na época em que era prefeito.

Já Haddad focou suas críticas contra Rodrigo, mostrando um vídeo em que o tucano diz apoiar o deputado estadual Fernando Cury (União Brasil), que passou a mão no seio da também deputada Isa Penna (PCdoB) no plenário da Alesp.

Na peça publicitária, a campanha do PT questiona a proximidade do tucano com Cury, que chegou a ter o mandato suspenso na Alesp por causa do episódio contra a colega do PCdoB e foi expulso do antigo partido dele, o Cidadania.

Em ao menos um momento, as agressões saíram das peças publicitárias e se tornaram reais: em 6 de setembro, Haddad cancelou, por motivos de segurança, uma agenda em Presidente Prudente, no interior do estado, que ocorreria na manhã de quarta-feira (7), data do bicentenário da Independência. Segundo a coordenação da campanha, circulavam em grupo de WhatsApp mensagens “com ameaças explícitas à passagem do candidato na cidade".

Dez postulantes se apresentaram como candidatos ao governo do estado, confira o desempenho nas urnas de cada um:

Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 42,59%

Fernando Haddad (PT) - 35,46%

Rodrigo Garcia (PSDB) - 18,40%

Vinicius Poit (Novo) - 1,69%

Elvis Cezar (PDT) - 1,15%

Carol Vigliar (Unidade Popular) - 0,38%

Gabriel Colombo (PC do B) - 0,20%

Altino Júnior (PSTU) - 0,06%

Antonio Jorge (Democracia Cristã) - 0,05%

Edson Dorta (PCO) - 0,02%

Leia mais acessando:  https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2022/noticia/2022/10/02/tarcisio-e-haddad-disputarao-o-segundo-turno-para-o-governo-de-sp.ghtml



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