As Forças Armadas brasileiras publicaram uma nota direcionada
às instituições nacionais e ao povo nesta sexta-feira, 11, sobre as
manifestações que se opõem à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Presidente
da República, realizadas em diversas partes do país.
O documento, assinado pelos comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronautica, foi divulgado após uma reunião da cúpula das Forças
Armadas e do Ministério da Defesa na noite da última quinta-feira, 10.
No texto, as instituições dizem que atos “não são criminosos”,
citando a Constituição Federal, e reafirmam seu compromisso com a democracia e
seus instrumentos legais para resolução de quaisquer problemas e
“controvérsias”. “A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira
reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a
democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos
valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras
nos mais importantes momentos de nossa história”, começa o texto.
“A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional. Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: ‘Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem à atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais'”, continua o documento.
A nota das Forças Armadas ainda condena excessos cometidos
nas manifestações relacionados à restrição de direitos individuais e coletivos
ou que colocam em risco a segurança pública ou alimentem a desarmonia na
sociedade. “A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve
valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito”, pontua o
texto. “A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à
ordem e à paz social”, finaliza o documento.
*JP
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