Wajiha Amimi não dormiu a noite toda. Essa jovem afegã passou horas arrumando e desarrumando sua bolsa, nervosa e contente diante da ideia de voltar à escola, pela primeira vez desde agosto, quando os talibãs retornaram ao poder em seu país. Nesta quarta-feira (23), porém, a alegria durou pouco. No meio de uma aula de biologia e somente duas horas depois que as escolas para as estudantes afegãs abriram suas portas em todo país, essa adolescente soube, estupefata, que os fundamentalistas islâmicos anularam sua autorização para estudar. "De repente, nos disseram que estávamos sob nova ordem", disse Wajiha à AFP, que estuda em Cabul. "O que fizemos de mal? Por que as mulheres e as meninas têm que passar por essa situação?", pergunta a adolescente, que pede aos talibãs que a deixem "voltar às aulas". As meninas do Ensino Médio foram privadas das aulas durante quase um ano em diversas províncias. Primeiro, devido à Covid-19, que obrigou o ...
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