A justiça brasileira vai reabrir a investigação contra o
deputado dos Estados Unidos, George Santos, que assume o cargo no Congresso
nesta terça-feira (03).
Em resposta ao jornal norte-americano, New York Times, o
Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que, com o paradeiro de Santos
identificado, vai solicitar ao Departamento de Justiça dos EUA que o notifique
das acusações para que a investigação tenha continuidade, acrescentando que o
caso estava parado porque o acusado não era localizado para prestar
esclarecimentos.
Filho de imigrantes brasileiros, Santos é acusado de fraude
por ter utilizado em 2008, quando estava prestes a completar 20 anos, um talão
de cheque roubado e um nome falso para realizar comprar em uma loja em Niterói.
No ano seguinte, Santos confessou o crime por meio de uma mensagem enviada ao
proprietário da loja na extinta rede social Orkut.
Já em 2010 ele e sua mãe contaram as autoridades que tinham
roubado o talão de cheque de um homem para quem sua mãe costumada trabalhar.
Essa não foi a única fraude cometida por ele. Entretanto, a outra diz respeito
a sua campanha eleitoral nos EUA.
Após a imprensa norte-americana apontar a discrepância entre
o currículo e seus negócios financeiros, Santos confessou que mentiu sobre sua
biografia, onde informava ter licenciatura em finanças Baruch College, de Nova
York, em 2010, e experiência profissional no Citigroup Bank e no Goldman Sachs
Investment Bank, além de dizer ser dono de várias propriedades, quando, na
verdade, confessou dever milhares de dólares em aluguel.
Santos pode ser condenado, e chegar a pegar até cinco anos de
prisão no Brasil mais multa, porém, esse ato, por si só, não o desqualifica a
assumir o cargo de deputado no Congresso dos EUA.