Novo golpe: Criminosos usam pagamento por aproximação para fraudar transações; veja como se proteger.
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Estadão
A empresa de cibersegurança Kaspersky anunciou que descobriu
três novas variações do vírus brasileiro Prilex - e que o malware agora é capaz
de bloquear pagamentos por aproximação nos pontos de venda. Após uma mensagem
de erro, o consumidor é obrigado a inserir o cartão na maquininha, o que
possibilita que o programa malicioso roube dados e fraude transações.
O golpe bloqueia pagamentos com a tecnologia NFC, que tiveram
um crescimento na popularidade em meio à pandemia de covid-19 e têm um
mecanismo de segurança que cria um número de cartão único para cada transação -
ou seja, as informações, mesmo que capturadas por criminosos, não teriam
utilidade. Quando há dispositivos infectados no ponto de venda, porém, a
operação será bloqueada e uma falsa mensagem de erro irá aparecer: “ERRO
APROXIMACAO INSIRA O CARTAO (sic)”.
O objetivo é obrigar o consumidor a inserir o cartão na
maquininha, quando o malware irá capturar os dados da transação, incluindo o
número do cartão físico, tornando-o vulnerável a transações indevidas. Segundo
a Kaspersky, o Prilex é o primeiro malware no mundo capaz de realizar fraudes
com esse tipo de tecnologia de pagamento, mesmo que de forma indireta.
O malware ainda é capaz de filtrar cartões de crédito de acordo com o segmento, podendo, por exemplo, bloquear somente as operações de cartões “black”, corporativo ou outras opções que costumam ter limites mais altos.
O Prilex é um grupo brasileiro especializado em fraudes
financeiras. Sua atuação é rastreada desde 2014 na América Latina e já foi
identificada também na Europa. As novas versões do vírus foram detectadas
somente no Brasil, por enquanto, mas poderão ser disseminadas para outros
países, segundo a Kaspersky.
Como se proteger
As ferramentas do Prilex afetam computadores de pontos de
venda, portanto é preciso que os lojistas se atentem à segurança de suas
operações, mantendo seus computadores seguros. Computadores usados para
sistemas de pagamentos não devem ser utilizados para outros fins e é necessário
que o sistema tenha uma solução de segurança atualizada e robusta, de
preferência soluções com várias camadas de proteção. Computadores com sistemas
antigos também devem ter soluções de segurança otimizadas para suas versões.
Já os consumidores podem ficar atentos à falsa mensagem de
erro: caso ela apareça, ele não deve recorrer ao cartão físico, mas a outras
alternativas de pagamento, como dinheiro ou Pix. É importante acompanhar os
valores emitidos na fatura do cartão e também através dos aplicativos dos
bancos. Se detectar algum gasto indevido, é preciso entrar em contato com a
instituição financeira para tentar resolver. Também é possível fazer um boletim
de ocorrência.
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