O secretário
de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, concedeu uma entrevista
coletiva na manhã desta segunda-feira, 9, para falar sobre os procedimentos que
serão realizados para desmobilização dos acampamentos de bolsonaristas no
Estado em até 24 horas, seguindo ordem judicial de Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, os manifestantes em São Paulo “não
guardam quaisquer semelhanças” com os de Brasília e, por isso, o encerramento
dos atos antidemocráticos contra o resultado legítimo das eleições de 2022 se
dará inicialmente pelo diálogo, na tentativa de não usar a força de maneira
escalonada. “A gente vai através do
diálogo informar para os manifestantes que existe uma ordem judicial de
desmobilização dos acampamentos. Então, isso vai acontecer. Nós temos 24 horas
para que essa ordem judicial seja cumprida. E ela será cumprida com a maior
tranquilidade possível (…) na esperança de que tudo se resolva sem o uso
escalonado da força. Essa é a nossa intenção”, afirmou Derrite.
“Temos os serviços de inteligência da
polícia civil e da polícia militar acompanhando. Mas como eu disse, em São
Paulo, os manifestantes estão tranquilos. O efetivo dos manifestantes em frente
à Assembleia é pequeno, e assim que chegou ao nosso conhecimento a ordem
judicial do ministro da Suprema Corte, nós novamente nos reunimos hoje para dar
cumprimento a essa judicial. Isso vai ser feito sempre com uso escalonado”, completou ele.
O secretário ainda informou que, desde cedo, vem acompanhando de perto as principais vias de acesso à capital paulista, na tentativa de evitar bloqueios, e falou sobre as ações já realizadas no Estado desde o último domingo para evitar situações parecidas com a que houve no Distrito Federal. “Logo pela manhã eu fiz um sobrevoo com o helicóptero águia da polícia militar, nos principais pontos, chegada e saída da Castelo Branco, Anhanguera, Bandeirantes… Todos os pontos estão com o trânsito correndo na maior normalidade. A nossa preocupação ontem… nós deixamos a Assembleia Legislativa com as equipes de força tática e não levamos o Choque para frente da Assembleia. No Tribunal de Justiça, sede do poder Judiciário, também, evitando que algo pudesse acontecer. Da nossa parte, houve só o acompanhamento.
Ainda
segundo o secretário, o bloqueio da Marginal do Tietê realizado na manhã desta
segunda-feira, 9, não teve manifestantes presentes no momento da
desmobilização. E que, por isso, nenhuma pessoa foi presa em flagrante. “Eles chegaram, atearam fogo em pneus e
saíram. É claro que a polícia civil vai
investigar, está buscando o sistema de monitoramento de câmeras para ver se
identifica os autores. Mas foi algo muito rápido. E rapidamente
reestabelecido”, pontuou.
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