O 1º tenente da Defesa Civil de São Paulo, Roberto Farina,
concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta
quinta-feira, 23, para atualiza a situação do litoral norte do Estado após as
fortes chuvas que abateram a região.
As operações de busca e resgate estão ocorrendo de maneira
ininterrupta desde o último domingo, 19. Até o momento, foram confirmados 48
mortos, sendo 47 em São Sebastião e um em Ubatuba, e cerca de 40 desaparecidos.
Além disso, 1.730 pessoas estão desalojadas e 1.799 desabrigados.
Devido aos trabalhos realizados na região por uma
força-tarefa multidisciplinar, o tenente pediu que os turistas evitem viajar
para a região no próximo final de semana. “Há
previsão de chuva. No final de semana, o pessoal quer descansar, mas nós
orientamos que busquem outros destinos, ao invés de descer para a Baixada
Santista, principalmente para o litoral norte, porque nós estamos
restabelecendo todos os canais de comunicação, energia elétrica, também a água.
Então, há diversos maquinários andando pelas vias e diversas equipes da força
tarefa multidisciplinar que está atuando na região. Isso pode até dificultar o
conforto das pessoas que pensam em vir para cá descansar. Orientamos que, neste
final de semana, as pessoas fiquem em casa ou procurem outra programação que
não seja nesta região”, afirma.
Ele ainda ressaltou que as pessoas que desejam se voluntariar
presencialmente no local devem entrar em contato com organizações antes, porque
ir individualmente e sem uma coordenação pode acabar atrapalhando os trabalhos
que são realizados.
O tenente afirmou também que as buscas por desaparecidos
continuam sendo feitas de maneira manual, sem uso de maquinários, seguindo
modelos internacionais. “Ontem, na Vila
Sahy, usaram cães farejadores para fazer varreduras em alguns locais. O Corpo
de Bombeiros tem um protocolo em questões de horas para o uso do maquinário.
Eles estão seguindo protocolos internacionais, pois é uma tropa com expertise,
que apoiou diversas ocorrências, como Petrópolis e Brumadinho. Eles têm esse
protocolo de trabalhar manualmente dentro de um prazo de tempo com o intuito de
tentar socorrer pessoas com vida também”, pontuou.
Farina lembrou que a Defesa Civil havia emitido um alerta
três dias antes da tragédia para fortes chuvas no litoral norte, no entanto o
volume de chuva que caiu foi muito superior ao previsto.
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