Campinas (SP) vive neste ano uma explosão de casos da doença
"mão-pé-boca". Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que,
apenas de janeiro a março, a metrópole já registrou 55% mais pessoas infectadas
do que em todo o ano passado. Clique aqui e veja abaixo formas de transmissão,
quais são os sintomas e como é feito o tratamento. A reportagem é do G1
De acordo com o balanço, em 2022, foram 300 contaminados
envolvidos em 59 surtos em creches e escolas da metrópole. Nos três primeiros
meses de 2023, por sua vez, 467 pessoas já contraíram a doença em 101 surtos.
Do total de infectados neste ano, 415 contraíram a doença em março.
Em relação apenas aos três primeiros meses do ano passado,
quando foram 95 casos, o aumento é ainda mais expressivo: 391%.
Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, Daiane
Morato aponta que o fato de as pessoas deixarem de usar máscara após os
períodos mais críticos da pandemia de Covid-19 pode ter influenciado no aumento
de casos de "mão-pé-boca".
Além disso, ela destacou a importância de as escolas
reforçarem as medidas de prevenção e notificarem a Secretaria de Saúde.
"A gente precisa entender que se trata de uma
transmissão pessoa a pessoa, através do contato, da tosse, da fala, do espirro
de uma pessoa doente. Tratando-se de crianças, a gente precisa que as escolas
reforcem as medidas de prevenção", diz.
Síndrome
'mão-pé-boca'
Transmissão
O vírus da síndrome é altamente transmissível por contato com
secreções das vias respiratórias ao tossir, espirrar e falar; secreções das
feridas das mãos ou dos pés; e pelo contato com fezes dos pacientes infectados.
Atinge, principalmente, crianças com menos de 5 anos.
Sintomas
Os sintomas costumam ter duração de sete a dez dias. Os
principais são:
·
Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das
lesões;
·
Aparecimento, na boca, amígdalas e faringe, de manchas
vermelhas com vesículas no centro que podem evoluir para ulcerações muito
dolorosas;
·
Erupção de pequenas bolhas que, em geral, surgem nas
palmas das mãos e plantas dos pés, mas podem ocorrer também nas nádegas e na
região genital;
·
Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
·
Por causa das lesões na boca e dor de garganta, podem
surgir dificuldades para engolir e muita salivação.
Prevenção e
tratamento
Não há vacina para proteger contra o vírus que causa a
síndrome "mão-pé-boca". Por isso, é recomendado adotar medidas
adequadas de higiene pessoal e do ambiente, além do isolamento social dos
doentes.
As lesões orais podem dificultar a deglutição. Por isso, é
preciso cuidar da hidratação das crianças.
Para prevenir o adoecimento e interromper as cadeias de
transmissão em ambientes escolares, as medidas abaixo devem ser adotadas:
·
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão,
especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro;
·
Promover a limpeza e desinfecção (com álcool a 70% ou
mistura de água e água sanitária) de superfícies frequentemente tocadas e itens
sujos, incluindo brinquedos;
·
Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou
compartilhar utensílios, copos e alimentos.
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