O Governo de São Paulo vem contribuindo para que o Brasil entrasse
oficialmente na lista de dez nações que mais produzem energia solar, se
tornando um dos gigantes mundiais da economia verde. Saindo da 14ª para a
inédita 8ª colocação, foi o país que mais ganhou posições no ranking mundial de
capacidade operacional de energia solar de 2022, divulgado pela Agência
Internacional de Energia Renovável (IRENA).
Isso porque desde 2018, a Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano (CDHU) contribui para a eficiência energética com a
implantação das placas fotovoltaicas nos conjuntos habitacionais que constrói.
A incorporação da tecnologia nas habitações de interesse social tem o objetivo
de reduzir o custo da conta de energia elétrica para as famílias beneficiadas
pelo programa Nossa Casa, que têm renda composta entre um e 10 salários
mínimos.
Estudos sobre o perfil do consumo de energia elétrica entre
os moradores das casas construídas pela CDHU revelaram o consumo médio de 140
kWh por mês. As placas fotovoltaicas instaladas nas unidades habitacionais têm
capacidade de gerar, em média mensalmente 80kWh. A economia é potencializada
com lâmpadas LED, que são instaladas antes da entrega das moradias e
proporcionam uma diminuição estimada de 10kWh no consumo. Dessa forma, chega-se
a um consumo médio de 50 kWh por mês, faixa mínima de tarifa de energia
elétrica.
“Os moradores ficam dentro da faixa de cobrança mínima de
tarifa de energia elétrica, que corresponde a 50 kw/h mês. Isso muda tem um
reflexo na economia financeira da família. Mesmo que haja um pequeno aumento do
consumo, ainda assim a economia é significativa”, explica Sílvio Vasconcellos,
diretor técnico da CDHU.
Marlenice Hesse, moradora em um conjunto habitacional da CDHU
em Torre de Pedra, está muito feliz com a placa solar. Antes da instalação da
placa, ela gastava cerca de R$ 140 e, agora, no máximo R$ 60. “Com o dinheiro
que estou economizando, pago a conta de agua e outras coisas necessárias para
minha casa”, disse.
O gerador instalado nas casas da CDHU é composto por duas
placas fotovoltaicas. Um medidor bidirecional, instalado pela concessionária,
mede tanto a energia injetada na rede, quanto o consumo geral da residência. O
excedente gerado durante o dia é transferido para a rede de fornecimento da
distribuidora, sendo esse abatido do valor da conta de energia da casa
automaticamente. Ou seja, o sistema não depende do usuário para ser bem
aproveitado.
Fonte limpa e renovável, a tecnologia é utilizada desde 2018,
quando todas os novos projetos de casas da CDHU passaram a contar com sistema
fotovoltaico. Já foram entregues 95 empreendimentos, totalizando 8.391 unidades
habitacionais com o equipamento. Estão previstos outros 73 empreendimentos, que
correspondem a 3.954 unidades habitacionais, já em construção.
A utilização da tecnologia mostra como é possível aliar
sustentabilidade e a preservação do meio ambiente com eficiência econômica e o
ganho social proporcionado pela redução dos custos de consumo e manutenção para
os futuros moradores.
Perfil do
consumo de energia elétrica nas casas da CDHU com placas fotovoltaicas:
·
Consumo médio das residências da CDHU – 140 kWh/ mês
·
Energia gerada pelo sistema fotovoltaico – 80 kWh /
mês
·
Economia com a Instalação de lâmpadas LED – 10 kWh /
mês
·
Total de kWh a pagar no fim do mês = 50 kWh / mês
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