Governador Tarcísio de Freitas entrega títulos de terra e tratores a juros zero para agricultores familiares em visita à Agrishow
“O começo de tudo.” É assim que o produtor rural Carlos
Alberto de Araújo classifica a aquisição do primeiro trator de sua fazenda que,
há mais de 10 anos, produz laranja em Caconde, no interior de São Paulo. A
compra do equipamento só foi possível graças ao programa Pró-Trator, uma das
frentes de atuação do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), braço
da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de SP.
Carlos Alberto foi um dos sete produtores rurais que
receberam das mãos do governador Tarcísio de Freitas a chave de um equipamento
no primeiro dia da 28ª edição da Agrishow, maior feira do agronegócio da
América Latina, que ocorre até sexta-feira (5) em Ribeirão Preto, no interior
paulista.
“O impacto vai ser muito grande, vai dar uma alavancada na
minha produção. Com os juros, essa máquina custaria uns R$ 250 mil no mercado.
Dá pra dizer que, só em juros, eu estou economizando uns R$ 70 mil”, afirma.
A linha de crédito oferecida possibilita que o produtor pague
o financiamento da máquina em prazo de até oito anos, a juros zero. Além disso,
é oferecido um ano de seguro grátis, por meio de uma parceria entre o Governo
de SP e a Mapfre.
Em quatro meses, a atual gestão estadual já atendeu mais de 5
mil produtores rurais por meio do FEAP. Os empréstimos concedidos até o momento
somam R$ 18 milhões, incluindo o programa Pró-Trator.
O agricultor João Hebert Casatti, que possui uma pequena
propriedade rural no município de Taquaritinga, também se beneficiou do
programa estadual. Ele adquiriu um novo trator para alavancar a produtividade
de sua lavoura.
“Hoje, com os juros que estão correndo por aí, de 8 ou 10%,
em um valor de 200 mil, nesses oito anos você praticamente pagaria uma máquina
e meia. Vai ajudar bem. A gente vai conseguir fazer tudo no tempo certo, com um
bom rendimento de serviço. É uma máquina moderna e que não vai gerar gasto de
manutenção”, afirma.
Casatti ainda ressalta que o ganho de produtividade também
vai baratear seu produto, o que beneficia toda a cadeia econômica. “Essa vai
ser nossa quarta máquina. As que temos são antigas e ainda estão trabalhando,
mas não têm o mesmo rendimento que essa. Então, é um conjunto positivo tanto o
produtor como quem precisa do que a gente produz “, acrescentou.
Regularização
fundiária
Também na Agrishow, o Governo de São Paulo entregou títulos
de regularização fundiária rural para pequenos agricultores por meio da
Fundação Itesp, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Para o criador de gado Luiz Eloi Pereira Dias, a medida vai
gerar segurança jurídica para a propriedade. Além disso,vai possibilitar a
diversificação da produção rural e acesso a financiamentos e linhas de crédito.
“Agora eu consigo pagar direitinho os impostos para o
governo. E consigo fazer meu negócio andar, vou poder plantar em cima da
terra”, afirma o pecuarista. Segundo ele, a partir da regularização, vai ser
possível até triplicar a quantidade de cabeças de gado que o sítio, de cerca de
14 mil hectares, abriga atualmente.
Desde o início da atual gestão, 1.124 propriedades rurais
foram regularizadas pelo governo estadual.
Ampliação
de financiamentos
Na visita à Agrishow, o governador também anunciou uma nova
linha de financiamento rural da Desenvolve SP, agência estadual de fomento, com
R$ 200 milhões em créditos para a agroindústria.
Voltada a micro, pequenas e médias empresas que buscam
aumento da produtividade, melhora na qualidade da produção e redução de custos
operacionais na aquisição de maquinários e equipamentos, a nova linha terá a
equalização da taxa de juros pelo Governo paulista.
Com isso, o tomador de crédito paga apenas juros que envolvem
a incidência anual da Selic. A novidade também conta com condição facilitada de
pagamento: carência de 12 meses e prazo de cinco anos para quitação.
“Serão pelo menos R$ 200 milhões para investimentos em
equipamentos e na aquisição de bens de capital, com taxa Selic e mais nada.
Vamos aportar também mais dinheiro no Fundo de Expansão do Agronegócio
Paulista. Além de manter as linhas já existentes, vamos criar uma para capital
de giro, uma para o desenvolvimento rural sustentável e outra para subvenção de
seguro. Vamos operar com o maior volume de recursos da história do Fundo”,
adiantou Tarcísio.
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