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Entenda como capital mineira 'zerou' casos de febre maculosa - Esterilização em Belo Horizonte ocorreu em 2017 e desde 2022 não há casos da doença; Campinas, onde há surto da doença, estuda medida similar.


Campinas (SP) estuda adotar a mesma estratégia realizada emBelo Horizonte (MG) no combate à febre maculosa. Trata-se da esterilização em capivaras, uma cirurgia que impede a procriação da espécie. Se a ideia for aprovada pelo Ibama, a prefeitura deve implantar o plano de ação ainda no segundo semestre.

*Projeto de castração de capivaras pode ser usado em parquesde Campinas; entenda;

A febre maculosa é mais comum na época de seca, entre junho e novembro. Isso porque há uma predominância do carrapato transmissor nos estágios de larva e ninfa, conhecidos como ‘micuins’, que são minúsculos e consequentemente, difíceis de visualizar.

O objetivo da administração é diminuir o número de hospedeiros para os carrapatos transmissores da doença, reduzindo assim o risco de infecção para a população.

Em Belo Horizonte, o procedimento se mostrou eficaz. Em 2017, houve uma infestação de carrapatos na Lagoa da Pampulha e os casos de febre maculosa começaram a crescer, sendo registrada uma morte pela doença. A partir do cenário preocupante, foi criado o plano de ação que envolveu corte de grama, aplicação de carrapaticida em capivaras, além da esterilização delas.

Atualmente, seis anos após implementar a cirurgia nas capivaras, BH tem uma realidade bem diferente: não são registrados casos da doença na capital mineira, desde 2022.

Monitoramento em Campinas

Diante da infestação de carrapatos e das quatro mortes confirmadas em Campinas após festa na Fazenda Santa Margarida, em Joaquim Egídio, distrito de Campinas, a ideia é evitar a reprodução dos animais que são os mais frequentes hospedeiros da doença.

Em Campinas, um levantamento está sendo feito e, até agora, foram contabilizadas cerca de 200 capivaras. Assim que essa contagem for finalizada, o Departamento de Proteção e Bem Estar Animal irá entrar com pedido de licença para manejo.

Após criar um plano de ação é necessária a aprovação da medida pelo Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Essa autorização é fundamental para garantir segurança em conformidade com as regulamentações ambientais.

“Caso seja concedida, será feita uma licitação para contratar o serviço de esterilização. A previsão é que o pedido de licença para manejo e as ações decorrentes sejam realizados no segundo semestre deste ano”, destacou a Prefeitura de Campinas.

Campinas deve seguir o mesmo protocolo de Belo Horizonte, que envolve algumas etapas:

- Identificação das áreas de maior risco: são mapeadas as regiões onde há maior incidência da febre maculosa, levando em consideração fatores como a presença de capivaras e a ocorrência de casos da doença.

- Captura das capivaras: Equipes especializadas realizam a captura das capivaras nas áreas identificadas. O processo deve ser feito com cuidado, respeitando o bem-estar e a segurança dos animais.

- Avaliação veterinária: As capivaras capturadas são examinadas por veterinários para verificar seu estado de saúde e determinar se estão aptas para o procedimento de esterilização.

- Esterilização cirúrgica: As capivaras selecionadas passam por uma cirurgia para esterilização, que é o procedimento para impedir a procriação dos animais, controlando assim o crescimento da população.

- Cuidados pós-operatórios: Após a cirurgia, as capivaras recebem cuidados adequados para garantir sua recuperação que envolve acompanhamento veterinário, administração de medicamentos e monitoramento de sua reintegração ao ambiente natural.

Esterilização é diferente de castração

A esterilização é um procedimento menos invasivo do que a castração e geralmente envolve a ligadura de trompas nas fêmeas ou a vasectomia nos machos, sem remover completamente os órgãos reprodutivos.

Nas fêmeas, é feita a ligadura de trompas, impedindo a passagem dos óvulos para o útero, evitando a fertilização. Nos machos, é realizada a vasectomia que impede a passagem dos espermatozoides durante a época de reprodução da espécie.

Em Belo Horizonte, a decisão de optar pela esterilização mantendo os órgãos reprodutivos intactos, teve como objetivo evitar o aumento da população, mas preservando o comportamento natural do animal.

“No caso das capivaras, por se tratarem de animais territorialistas, elas não deixam novos roedores se aproximarem, mantendo a eficácia da proposta de redução da população”, destacou a prefeitura de Belo Horizonte, em sua página oficial.

*Veja mais acessando G1



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