Pular para o conteúdo principal

SP Sem Fogo: saiba as diferentes técnicas dos bombeiros para combater focos de incêndio - Quando não é possível utilizar o caminhão em áreas de mata, corporação usa abafadores e mochilas d’água para resfriar os locais


Com o período de estiagem iniciado neste mês de junho, o Governo do Estado de São Paulo intensificou as ações de prevenção e combate a incêndios em vegetação, por meio da Operação SP Sem Fogo. A época mais seca do ano, que vai até o mês de outubro, facilita a propagação do fogo especialmente em regiões de mata.

O capitão Danilo Passaretti, do Corpo de Bombeiros, explica que a atuação nesse tipo de incêndio exige técnicas e expertise específicas em relação ao combate feitos em outros ambientes, como construções urbanas, por exemplo.

“Alguns fatores dificultam: será que a viatura chega no local? Se a viatura chegar, a gente faz o combate de uma forma, a gente pode utilizar água, fica mais fácil. Tem ponto de abastecimento próximo? O problema é que, às vezes, é em um local remoto, em regiões em que a gente não consegue chegar com os nossos caminhões”, afirma o capitão.

Nesses casos em que não é possível entrar no local com o caminhão, os homens da corporação precisam entrar na mata com abafadores e bombas costais, uma espécie de mochila d’água que o bombeiro carrega para fazer o resfriamento da vegetação atingida.

“São as técnicas mais comuns. O abafador é um equipamento parecido com uma vassoura, só que na ponta tem borrachas. Quando o bombeiro bate essa borracha na vegetação, faz com que o fogo se apague, é um trabalho bem de formiguinha. Imagina quilômetros e quilômetros pegando fogo. Ali você faz a extinção pontual”, explica Passaretti.

Outra técnica utilizada é o aceiro, que consiste em retirar um trecho da vegetação para evitar que as chamas se alastrem. “Quando o fogo bate na terra, ele para por ali. Isso pode estar pronto antes também, o aceiro preventivo, em que os próprios proprietários das áreas podem realizar. Ou fazemos o aceiro emergencial, em que os próprios bombeiros conseguem compartimentar o incêndio”, afirma o capitão do Corpo de Bombeiros.

Há ainda o modelo conhecido como fogo contra fogo. Nessa técnica, um pequeno trecho de mata é incendiado de forma proposital enquanto o fogo se alastra. Com isso, um ponto a frente que já seria consumido pelas chamas é queimado previamente e de forma controlada, “freando” o caminho das labaredas.

O fogo contra fogo é parecido com outra técnica: a queima prescrita, que integra o que se chama de manejo integrado do fogo. Este tipo de ação é preventiva, ou seja, é feita antes de o incêndio ocorrer. Ela consiste em utilizar o fogo de forma controlada em pequenos trechos, sob supervisão das equipes técnicas, para que as chamas consumam a matéria orgânica, como folhas secas, galhos mortos e capim, reduzindo o material combustível e evitando a propagação. No dia 12 de junho, por exemplo, o Governo de SP iniciou a aplicação da técnica em áreas protegidas da Estação Ecológica de Jataí, na cidade de Luiz Antônio.

Outra diferença do combate a incêndios florestais em relação a ocorrências urbanas é o equipamento utilizado, como explica o capitão Renan Souza. “O equipamento de proteção individual de bombeiro que estamos acostumados a ver é muito pesado, mais comum para combate a incêndios em edificação. Na vegetação, onde o trabalho costuma durar horas, esse EPI cansa muito o agente, ele precisa ser mais leve”, explica o militar.

Aeronaves

Em fogos de maiores proporções, as equipes também podem lançar mão de aeronaves de asa fixa, contratadas temporariamente por meio da Defesa Civil. Desta forma, em grandes incêndios, os aviões tradicionalmente utilizados por empresas para pulverizar plantações com defensivos agrícolas são alugados pelo Governo do Estado para jogar água sobre pontos estratégicos das chamas.

“Na estiagem, normalmente, as aeronaves agrícolas trabalham menos. Então, as empresas aproveitam dessa subutilização e integram esses contratos feitos pela Defesa Civil. Os aviões precisam apenas de pequenas adaptações para atuarem no combate a incêndios florestais”, explica o capitão Renan Souza, do Corpo de Bombeiros.

Bombeiros civis

Neste período de estiagem, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), além do seu corpo próprio de brigadistas nas unidades de conservação,que também atuam no combate a incêndios, faz a contratação temporária de bombeiros civis.

Os profissionais são contratados por seis meses, entre junho e novembro. São 114 agentes que atuam em cerca de 80 unidades de conservação que possuem algum risco de incêndio, em especial aquelas concentradas nas regiões norte e noroeste do estado. São cerca de 230 mil hectares de área.

“O bombeiro civil vem complementar nossas ações já existentes. É o ataque rápido. As equipes monitoram a área, com veículos equipados. Geralmente é a nossa primeira resposta para um incêndio”, afirma Vladimir Arrais, coordenador da Operação SP Sem Fogo pela Fundação Florestal. Caso o fogo tome proporções maiores, são acionados o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.

Esses profissionais, além do combate ao fogo em si, também atuam em ações educacionais como palestras e programas em escolas. Medidas preventivas como a construção de aceiros e manutenção de equipamentos também contam com a atuação dos bombeiros civis contratados.

*Veja mais acessando Governo do Estado de São Paulo



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Horários do ônibus circular e telefones úteis Conchal

Atualizado em: 15/01/2025 Os horários apresentados nesta tabela representam horários aproximados do tempo de percurso de um ponto ao outro; Pode ocorrer variação de até 5 minutos para mais ou para menos. "Solicitamos aos leitores F5 que utilizam o transporte público em Conchal, para que nos comunique através do número de WhatsApp (19) 99153 0445, se forem encontradas divergências nos horários publicados abaixo, para que possamos editar." Fonte dos horários: Prefeitura do Município de Conchal -SP Os horários apresentados nesta tabela representam horários aproximados do tempo de percurso de um ponto ao outro; Pode ocorrer variação de até 5 minutos para mais ou para menos. Os horários apresentados nesta tabela representam horários aproximados do tempo de percurso de um ponto ao outro; Pode ocorrer variação de até 5 minutos para mais ou para menos. Os horários apresentados nesta tabela representam horários aproximados do tempo de percurso de um ponto ao outro; Pod...

Ciclista morre em acidente na Estrada Conchal Velho na manhã desta sexta-feira (14)

Uma ciclista morreu na manhã desta sexta-feira (14) após ser atingida por uma caminhonete Toyota Hilux na Estrada Conchal Velho, sentido "Capelinha". A vítima fatal foi identificada como Eva, nascida em 8 de outubro de 1976, natural de Malacacheta (MG) e residente em Conchal. Segundo informações do Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar foi acionada ao local e encontrou a equipe do SAMU já presente, constatando o óbito da ciclista devido ao impacto da colisão. O motorista da Hilux, identificado, relatou que trafegava a aproximadamente 60 km/h quando avistou Eva e uma testemunha, que também pedalava ao lado da vítima. Conforme informado, Eva teria se deslocado mais para o meio da estrada e, ao olhar para trás, acabou sendo atingida pelo veículo. O impacto a lançou a cerca de 20 metros de distância. A testemunha que acompanhava Eva confirmou essa versão, relatando que a vítima passou a se deslocar mais para o centro da via antes de ser atingida. Cerimônia de despedida d...

Vítima encontrada carbonizada em Conchal é identificada e residia no município

Na última quinta-feira (30),  uma mulher foi encontrada parcialmente carbonizada em uma estrada rural no bairro Conchal Velho. A vítima que residia no próprio município, foi identificada neste sábado (01), como sendo Fernanda Cristina da Silva, de 27 anos. A identificação foi confirmada através do exame dactiloscópico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML). Esse procedimento utiliza as impressões digitais para cruzar informações com os dados nacionais de identificação pessoal, fornecendo à Polícia Civil a identidade da vítima. Fernanda Cristina da Silva era moradora de Conchal, e seu sepultamento está marcado para este sábado (1), às 16h30, no cemitério municipal da cidade. O corpo de Fernanda foi descoberto por volta das 7h30h, pela Guarda Municipal. O local do crime, uma estrada de terra próxima ao cruzamento entre a Fazenda GB e a Fazenda Santo Antônio, foi isolado para preservar a cena do crime. A vítima foi encontrada em decúbito dorsal, com partes do corpo c...