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Furto de Água em Conchal Mobiliza Diversos Setores da Administração e Identifica Abastecimento Ilegal em Diversas Casas no Mesmo Terreno

Uma ação conjunta realizada por diversos setores da prefeitura de Conchal, interrompeu um esquema de desvio de água tratada que abastecia ilegalmente diversas casas no bairro Núcleo Visconde de Indaiatuba, próximo à rodovia que liga Conchal a Martinho Prado. A fiscalização, motivada por denúncias da comunidade, teve início na manhã de quinta-feira (19) e se estendeu ao longo do dia.

Além das reclamações feitas diretamente na prefeitura, os denunciantes envolveram o Jornal F5, buscando uma solução imediata por parte do poder público. As denúncias incluíam informações acompanhadas de fotos e vídeos que comprovavam a gravidade do problema: uma das casas abandonadas no local estava sofrendo com o vazamento de água, a ponto de inundar o ambiente.

O Local


O problema se localizava na Rua Alencar da Silva Lopes, no Núcleo Visconde de Indaiatuba, situado às margens da rodovia que liga Conchal a Martinho Prado, próximo ao cemitério municipal. A área abriga dezenas de pequenas casas, a maioria delas em avançado estado de deterioração, tornando-as inabitáveis. No entanto, quatro casas estavam habitadas, apesar das precárias condições de moradia. O local apresenta ainda centenas de vazamentos, acúmulo de lixo e resquícios de construção.

Fiscalização do Setor de Água e Esgoto

Os servidores do departamento de água e esgoto do município chegaram ao local por volta das 7h da manhã. Rapidamente, eles perceberam a ausência de hidrômetros, indicando que ali estava ocorrendo uma ligação direta e ilegal da rede de água para as residências, conhecida como "gato". Máquinas foram utilizadas para escavar o terreno, a fim de localizar o ponto de ligação ilegal.


Ao final do dia, foram encontrados e selados três pontos de ligação direta clandestina de água. Uma moradora do local contribuiu com informações dadas por telefone ao F5, sobre um dos pontos, orientando os servidores da prefeitura.

Vigilância Sanitária e Setor de Posturas


Devido à presença de sujeira, acúmulo de lixo, resquícios de construção e focos de dengue, a vigilância sanitária e o setor de posturas do município foram acionados. Os fiscais constataram a insalubridade do local e autuaram o proprietário, estipulando um prazo de dez dias para a realização da limpeza, sob pena de multa no valor 30 UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), podendo ser dobrado em caso de reincidência, caso a decisão não seja cumprida.  

Polícia Civil


A Polícia Civil foi acionada diante da suspeita de que o local também estivesse sendo usado como esconderijo de produtos ilícitos. Quando a viatura policial chegou, um indivíduo, que não era morador, aparentemente transportando objetos sob a roupa, fugiu de bicicleta. Os policiais tentaram abordá-lo, mas não tiveram sucesso.

Defesa Civil


A Defesa Civil, que começou a atuar efetivamente na cidade há apenas três meses, também participou da ação, acompanhada de um engenheiro civil. O objetivo era inspecionar a área para emitir um laudo técnico sobre as condições habitáveis dos imóveis. O resultado do laudo deve ser emitido nos próximos dias, mas os profissionais informaram que a maioria das casas no local oferece riscos.

Furto de Água: O que dizem os moradores?


O Jornal F5 conversou com alguns moradores do local. Um deles afirmou que não tinha conhecimento das irregularidades relacionadas ao furto de água. Segundo ele, morava no local há vários anos e o valor da água era cobrado junto com o aluguel, sendo pago diretamente ao proprietário. Ele disse ter conhecimento apenas da localização de alguns canos devido a manutenções realizadas anos atrás.

Outra moradora, já idosa, informou que não tinha para onde ir. Ela preferiu não comentar sobre as ligações ilegais no sistema de água.

Pessoas que moram na mesma rua, mas não no mesmo terreno, confirmaram que já viveram nas casas fiscalizadas, corroborando a versão da moradora que afirmou que o valor da água era pago junto com o aluguel.

O Proprietário

O proprietário da área conversou com o Jornal F5 e afirmou que há vários anos tenta a desocupação total do local para permitir a demolição e a limpeza. No entanto, as pessoas que moram ali recusam-se a sair. Ele também alegou não ter conhecimento das ligações ilegais de água em seu terreno e afirmou que, antigamente, fornecia água aos moradores por meio de um poço artesiano que agora se encontra desativado.

Caso de Polícia

A ligação clandestina de água é uma prática criminosa, prevista no Código Penal Brasileiro e passível de pena, além da aplicação de multa. A prefeitura de Conchal, através de seus representantes, deve registrar um boletim de ocorrência para que a investigação seja efetivada com o objetivo de identificar os responsáveis pelo ato ilícito. Até o fechamento desta matéria, o boletim ainda não constava no sistema.

Veja mais fotos do local:  



























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