Israel entra em estado de guerra após ataque do Hamas na manhã deste sábado - Mais de 5 mil bombas foram lançadas e os ataques já deixaram pelo menos 22 mortos e mais de 500 feridos.
O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel na manhã
deste sábado (7), pelo horário local, em um ataque surpresa considerado um dos
maiores sofridos pelo país nos últimos anos.
Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país.
Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel
afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a
partir da Faixa de Gaza”.
Ao reivindicar a ofensiva, o Hamas afirmou se tratar do
início de uma grande operação para a retomada do território (entenda mais
abaixo). Segundo os serviços de emergência de Israel, ao menos 22 pessoas
morreram e outras 545 ficaram feridas.
Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê
lançou a operação "Espadas de Ferro" e convocou uma reunião de
emergência com autoridades de segurança. O país já convocou uma grande
quantidade de reservistas.
"Estamos em guerra e vamos ganhar", disse
Netanyahu. "O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."
Já o ministro da Defesa do país, Yoav Galant, afirmou que o
Hamas cometeu um "grande erro".
O premiê israelense também pediu aos cidadãos que sigam as
instruções de segurança. A recomendação é que as pessoas fiquem próximas a
prédios e espaços protegidos.
“As Forças de Defesa de Israel defenderão os civis
israelenses e a organização terrorista Hamas pagará um alto preço pelas suas
ações”, disse o comunicado divulgado pelos militares israelenses.
O que se
sabe até agora?
Um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em
Israel deixou o país em estado de guerra.
Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes
foram lançados contra o país do Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios
foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo
Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e
em outras cidades.
Além disso, a imprensa israelense afirmou que homens armados
atiraram contra pedestres na cidade de Sderot, no sul do país. Imagens que
circulam pelas redes sociais indicam haver um confronto nas ruas da região.
“Este é o dia da maior batalha para acabar com a última
ocupação”, afirmou Mohammad Deif, comandante do Hamas.
Segundo a mídia palestina, vários israelenses foram feitos
prisioneiros por combatentes. O Hamas ainda divulgou imagens mostrando o que
seria um tanque israelense destruído.
De acordo com informações de agências de notícias, pelo menos
22 pessoas morreram e outras 545 ficaram feridas. Ambulâncias trabalham em
várias regiões do país.
O grupo Jihad Islâmica Palestina disse que seus combatentes
se juntariam ao Hamas no ataque contra Israel.
“Fazemos parte desta batalha, os nossos combatentes estão
lado a lado com os seus irmãos nas Brigadas Qassam até que a vitória seja
alcançada”, disse o porta-voz do braço armado da Jihad Islâmica, Abu Hamza, no
Telegram.
Com a crescente de ofensivas, vários líderes mundiais
condenaram o ataque do Hamas contra Israel.
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos,
Volker Tierk, afirmou estar chocado com os ataques e apelou ao fim imediato da
violência em Gaza.
“Este ataque está tendo um impacto horrível sobre os civis
israelenses”, disse Tuerk em comunicado. "Os civis nunca devem ser alvo de
ataques."
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