Fapesp: estudo explica como os probióticos podem melhorar a saúde óssea - Texto divulgado na revista Frontiers for Young Minds foi escrito por pesquisadoras da Unesp e Fapesp e revisado por jovens de 14 e 15 anos
A revista online Frontiers for Young Minds, publicação científica com textos acessíveis ao público infanto-juvenil, divulgou artigo explicando como os probióticos podem melhorar a saúde óssea. Intitulado “How Can Good Bacteria Improve Bone Health?”, o artigo teve coautoria de Luisa Souza Battistelli, bolsista da Fapesp.
No texto, os autores observam que há vários tratamentos
atualmente disponíveis para melhorar a saúde óssea, mas alguns causam efeitos
colaterais desagradáveis. Isso leva à procura de terapias alternativas para
osteoporose e perda óssea, como o uso de probióticos, que podem ser bactérias
benéficas para o organismo inseridas em alimentos, como os iogurtes.
Apesar de não haver uma explicação definitiva de como o
probiótico atua no organismo, uma das hipóteses é apontada no artigo: “Envolve
o sistema imunológico, que possui células e substâncias que defendem o corpo
contra invasores perigosos. Às vezes, porém, o sistema imune pode estar um
pouco ativo demais, causando problemas. Algumas substâncias produzidas pelas
células de defesa podem aumentar o número e a atividade dos osteoclastos
(células ósseas que digerem o tecido ósseo)”, explicam os autores. “Portanto,
se o sistema imunológico estiver muito ativo por muito tempo, muitos ossos
podem ser quebrados. Os probióticos podem ajustar esse tipo de reação
imunológica desequilibrada, restabelecendo-a em um nível normal, o que pode
diminuir a atividade excessiva dos osteoclastos, protegendo os ossos.”
O artigo também pontua que “os probióticos podem reduzir a permeabilidade intestinal, diminuir a hiperativação do sistema imunológico que pode levar à perda óssea e aumentar a absorção e produção de nutrientes”.
O tema abordado no texto está relacionado à pesquisa de
iniciação científica realizada por Battistelli com apoio da Fapesp e orientação
de Ana Lia Anbinder, professora do Instituto de Ciência e Tecnologia da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), também autora do artigo. O estudo
avalia os efeitos da bactéria Limosilactobacillus reuteri associada à vitamina
K2 na proteção contra a perda óssea induzida por ovariectomia em camundongos
fêmeas.
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