Febre Oropouche tem dez casos confirmados no Rio - Doença é provocada por vírus, isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então é detectado principalmente nos estados da região amazônica.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio recebeu nessa
segunda-feira (29) a confirmação de dez casos de febre Oropouche. A informação
foi dada pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e pelo laboratório de
referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os casos foram registrados entre os dias 9 e 18 de abril nos
municípios de Japeri, Valença, Piraí e Rio de Janeiro e seguem para
investigação, a fim de verificar se são autóctones (transmissão local) ou
‘importados’ (quando a transmissão ocorre em outro território).
A febre Oropouche é provocada por um vírus, isolado pela
primeira vez no Brasil em 1960. Desde então é detectado principalmente nos
estados da região amazônica. É transmitido por mosquitos e pode circular em
ambientes silvestres e urbanos. Os sintomas são muito parecidos com os da
dengue. Duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de
cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver
tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia,
náuseas e vômitos. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem
permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
A secretária de Saúde,
Claudia Mello disse que “o vírus da febre Oropouche é endêmico no Amazonas e
apresenta alguns períodos de surto. A letalidade registrada é baixa. "A
orientação que vamos passar aos municípios é de que mantenham a conduta médica
feita nos casos de suspeita de dengue”.
A Secretaria estadual de Saúde, em parceria com os municípios
envolvidos, fará a investigação epidemiológica nos dez casos positivos para
doença. Além disso, realizará a investigação entomológica (captura de mosquito)
nas regiões que tiveram casos confirmados.
Primeiro
infectado
O primeiro caso de infecção pela febre Oropouche no estado do
Rio foi registrado no fim de fevereiro e confirmado à Secretaria de Saúde pelo
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz. Tratava-se de um
homem de 42 anos, morador do bairro do Humaitá, zona sul da capital, que tem
histórico de viagem para o Amazonas. O paciente não foi internado durante o
período da doença e se recuperou. Esse caso foi considerado importado, após
análise do histórico de viagem do paciente ao estado do Amazonas, que já vivia
expressivo aumento do número de casos nos primeiros meses de 2024.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...