Governo de SP publica três resoluções em prol da sustentabilidade no estado - Medidas incluem reforço do Programa Município Verde Azul, diretrizes para gestão da fauna silvestre e plano de proteção à biodiversidade
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística
(Semil) anunciou três novas resoluções para fortalecer a gestão ambiental
municipal, fomentar a proteção da biodiversidade e promover ações que visam à
conservação, à restauração e à conectividade dos ecossistemas terrestres e
aquáticos do território. Neste caso, com especial atenção às espécies de fauna
e flora ameaçadas de extinção, bem como aos remanescentes de vegetação nativa e
aos ambientes urbanos e periurbanos que as suportam, considerando o desafio das
mudanças climáticas.
A primeira resolução trata do Programa Município Verde Azul
(PMVA). Entre as mudanças está o incentivo para que os municípios adotem
políticas como a de contratações públicas sustentáveis, incorporando critérios
ambientais nas licitações, na relação com empresas e na aquisição de serviços.
Além disso, os municípios são estimulados a adotar soluções regionalizadas para
questões ambientais e a desenvolver planos de adaptação e resiliência
climática.
A segunda resolução estabelece diretrizes e procedimentos
para a soltura de animais silvestres, considerando parâmetros para o manejo
desses animais, abordando aspectos como pesquisa científica e destinação para
empreendimentos de fauna autorizados. Os critérios incluem a condição dos
animais, identificação de suas áreas de origem e autorizações de órgãos
ambientais competentes. A medida busca regulamentar a gestão da fauna em
conformidade com a legislação vigente.
Por fim, a terceira resolução trata sobre o Plano de Ação
Territorial (PAT) Cinturão Verde de São Paulo, uma iniciativa ambiciosa que
objetiva articular, promover, propor e implementar ações que visam à
conservação, à restauração e à conectividade dos ecossistemas terrestres e
aquáticos do território. O plano se propõe a promover a conservação da
biodiversidade, em especial das espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção
e dos ecossistemas que as suportam, considerando uma perspectiva da saúde
única. Também visa a prevenção de bioinvasão. A resolução prevê o estabelecimento
de um grupo de assessoramento técnico para enfrentar os desafios ambientais de
forma integrada e eficaz.
Para a secretária Natália Resende, o governo de São Paulo
reafirma seu compromisso com a proteção do meio ambiente e o combate aos
efeitos das mudanças climáticas, buscando promover a sustentabilidade e o
manejo adequado da biodiversidade paulista. “São normas para promover práticas
sustentáveis nos municípios, além de proteger a fauna silvestre e conservar a
biodiversidade. Tudo isso visa permitir que busquemos o desenvolvimento de uma
sociedade mais consciente e responsável com seus recursos naturais”, argumenta.
Cetras
Escola
Além do anúncio das resoluções, a secretária vistoriou o
Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres, da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), em Botucatu. Esse centro funciona hoje como um hospital
veterinário da universidade.
“A ideia é que futuramente o local abrigue um Centro de
Triagem de Animais Silvestres (Cetras). Neste sentido, a Semil vem discutindo com
a universidade a possibilidade de formalização de convênio com o objetivo de
apoio mútuo, que vise a adaptação e reforma das estruturas existentes na
Universidade para o acolhimento de animais silvestres da região, além de
possibilitar o aprendizado acadêmico para os alunos da Unesp”, analisa Jônatas
Trindade, subsecretário de Meio Ambiente.
A colaboração com a Unesp visa a expansão do escopo das
atividades desenvolvidas nos centros, aproveitando o conhecimento
técnico-científico e os recursos disponíveis na universidade com o objetivo de
aprimorar os protocolos de reabilitação, promover estudos sobre as espécies
atendidas e desenvolver estratégias mais eficazes para a conservação da
biodiversidade.
Os Cetras desempenham um papel crucial na conservação da
fauna silvestre, proporcionando cuidados especializados e reabilitação para
animais feridos, doentes ou vítimas do tráfico ilegal. Além de contribuírem
para a proteção de espécies ameaçadas, esses centros promovem a conscientização
ambiental e monitoram a saúde animal.
Por meio de suas atividades, eles não apenas resgatam e
reabilitam animais, mas também fomentam a pesquisa científica, o combate ao
tráfico de animais e a promoção do bem-estar animal, contribuindo para a
conservação da biodiversidade e para a proteção do meio ambiente.
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