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Reviravolta em Caso de Acidente em Tujuguaba: Pais de indiciados não compactuaram com a fraude, disse delegado

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial referente ao acidente que resultou na morte de dois irmãos gêmeos em Tujuguaba, ocorrido em 12 de outubro de 2023. O caso, que ganhou grande repercussão na época, teve uma reviravolta após poucos meses de investigação.

Na tarde daquele dia, na Rodovia Professor Zeferino Vaz, próximo ao distrito de Tujuguaba, em Conchal, os irmãos José Antônio Souza Bueno e João Francisco Souza Bueno, ambos com 66 anos, residentes em Limeira, SP, morreram. Os irmãos estavam a bordo de uma Saveiro quando o veículo foi atingido por uma Amarok.

Inicialmente, a versão apresentada indicava que a Amarok estava sendo conduzida por uma mulher, tendo como passageiro um homem, ambos irmãos, haviam se chocado com a Saveiro, levantando especulações sobre as circunstâncias do acidente. Os ocupantes da Amarok foram socorridos e encaminhados ao Hospital Madre Vannini, em Conchal.


Durante as investigações, a polícia não encontrou sinais de embriaguez na suposta motorista da Amarok, que também passou pelo teste sem que nada fosse constatado. No entanto, as evidências apontavam para uma possível fraude na cena do acidente. A reviravolta veio quando se descobriu que a pessoa que se apresentou como condutora da Amarok não estava, de fato, dirigindo o veículo.

Ao longo das diligências, testemunhos e outras provas indicaram que o verdadeiro condutor da Amarok estava embriagado naquele dia e provocou o acidente, ceifando a vida dos irmãos Bueno. Mais chocante ainda foi a descoberta de que a irmã do investigado simulou estar dirigindo o veículo no momento do acidente, inclusive sujando-se de lama para corroborar com a história fabricada.

Destaca-se também o laudo pericial, que contradisse a versão do condutor da Amarok sobre as circunstâncias do acidente. Contrariando suas alegações de aquaplanagem e frenagem, o laudo apontou que o local do acidente não apresentava as características mencionadas e que o veículo das vítimas não demonstrou sinais de frenagem, indicando, ao invés disso, uma derrapagem após o impacto.


Na tarde de ontem, quarta-feira (03), após o resultado do inquérito policial ser amplamente divulgado pela grande mídia, uma questão referente à suposta participação dos pais dos indiciados em ajudar a esconder a verdade sobre quem conduzia a Amarok deixou dúvidas sobre o ocorrido. O F5 Conchal conversou com o delegado de polícia titular de Conchal, Dr. Luiz Henrique Lima Pereira.

O delegado informou que "a investigação concluiu que não houve participação ativa por parte dos pais dos indiciados na tentativa de ocultar a verdade sobre o acidente. Ficou evidenciado que a iniciativa de simular a cena do crime partiu exclusivamente da irmã do motorista", disse.

O delegado aproveitou para esclarecer que não fez pedido de prisão do motorista da Amarok; o pedido foi solicitado pelo advogado da família das vítimas. "A polícia não fez pedido de prisão à justiça ao então indiciado, ele já havia saído do prazo de flagrante e também não oferecia risco de fuga. Este pedido foi feito pelo advogado dos familiares das vítimas. Nós {polícia} solicitamos a suspensão da CNH do indiciado e este pedido está sendo analisado pela justiça", esclareceu.

Assim, a Polícia Civil indiciou a irmã do motorista da Amarok por fraude processual e o próprio motorista por homicídio doloso com dolo eventual, pela morte dos irmãos Bueno. Se a tese do inquérito for mantida pelo Ministério Público, o caso deve ir a júri popular. O processo segue para a justiça.

 


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