Saiba como funciona o novo aplicativo de segurança nas escolas - Aplicativo Conviva reúne informações por escola e diretoria e facilita acompanhamento de episódios de violência e a sistematização de dados
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP)
lançou recentemente o Aplicativo Conviva, a nova versão da Plataforma Conviva
(Placon). O aplicativo, que já funcionava em fase de teste em algumas escolas,
é utilizado para registro de ocorrências no ambiente escolar, incluindo
agressão, bullying, racismo, porte de arma de fogo, dano ao patrimônio,
tentativa contra a vida e questões disciplinares, e faz parte do Conviva
(Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar).
As novas funcionalidades da iniciativa garantem o
acompanhamento de episódios de violência e agilizam a sistematização dos dados
pelas Diretorias Regionais de Ensino e a própria Seduc-SP.
O sistema elenca até oito tipos de ocorrências, que são
registradas e acessadas por um grupo capacitado de profissionais formados pelo
professor orientador de convivência, professor especialista em currículo,
diretor e vice-diretor.
Além do espaço para descrição detalhada sobre os casos, o
aplicativo permite às unidades de ensino fazer o registro dos envolvidos,
agressores e vítimas (seja estudante ou membro da equipe escolar) e a gravidade
de cada episódio.
Na “tela de chamados”, é possível fazer a consulta do
histórico — do mais recente ao mais antigo —, e status de cada incidente por
unidade de ensino e diretoria. Já na “tela de envolvidos”, caso o incidente
tenha desdobramentos, o site está aberto à consulta de qual encaminhamento foi
adotado: medidas disciplinares, atendimento psicológico, rede de proteção ou
sistema de saúde.
Outra opção da ferramenta é o registro diário de não
ocorrências. As anotações de ausência de episódios de violência, inclusive em
dias não letivos, são importantes para o monitoramento e a construção de
políticas protetivas pelas equipes do Conviva nas Diretorias de Ensino e da
Seduc-SP. Com ajuda do novo aplicativo — acessível pelo computador e
dispositivos móveis —, as equipes também podem exportar as informações em
arquivos pdf e Excel.
“O Conviva SP e as ações relacionadas ao programa têm como
objetivo garantir a boa convivência e oferecer um ambiente seguro aos nossos
estudantes. Até agora o sistema nos oferecia uma ‘foto’ dos episódios de
violência registrados em nossas escolas. Agora será possível ver um ‘filme’
completo dos casos e todas as tratativas tomadas. A nova versão do Sistema
Placon também dá mais visibilidade às diretorias de ensino sobre o que acontece
em cada uma de suas escolas de forma mais organizada e rápida”, explica Bety
Tichauer, diretora de projetos especiais.
Psicólogos
e vigilantes
Em 2023, o Conviva SP implantou uma série de iniciativas na
rede estadual de ensino. Entre elas está a contratação de 550 psicólogos para
atuar nas escolas e regionais. O objetivo é melhorar a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem e construir ambientes escolares com climas cada vez mais
harmônicos.
Os profissionais devem visitar as escolas e desenvolver ações
preventivas, tais como acolhimentos, dinâmicas de grupo, escutas,
desenvolvimento de habilidades socioemocionais, psicologia escolar e saúde
mental na escola. Os psicólogos também realizam intervenção emergencial
individualizada, com posterior encaminhamento à rede protetiva para
continuidade com atendimento psicológico clínico.
Outra medida adotada pela Seduc-SP no último ano foi a
contratação de 1.000 vigilantes para prestação de serviços nas escolas da
capital paulista, região metropolitana, interior e litoral. As unidades foram
definidas com base em critérios como vulnerabilidade da comunidade e
convivência no ambiente escolar.
Ainda no fim do segundo semestre de 2023, o programa publicou
o Protocolo Conviva 179 – Segunda Edição. O documento, redigido em colaboração
com a Polícia Militar e representantes das diretorias de ensino, orienta as
unidades e diretorias sobre os procedimentos de proteção e segurança a serem
adotados nas situações que porventura aconteçam no ambiente escolar.
“A segunda edição do Protocolo Conviva 179 traz orientações
de como agir em casos de quebra de ordem ocorrida dentro do ambiente escolar e
da convivência neste espaço. Buscamos ampliar a abrangência de casos, além de
adotar estratégias que visam facilitar a consulta pela gestão escolar, como é o
caso do índice. Por ser um importante documento de orientação, é necessário que
todos leiam com atenção para que saibam como agir em determinadas situações,
além de ser fundamental ressaltarmos a necessidade de registro de todas essas
situações no Aplicativo Conviva, que acaba de ser lançado pela Secretaria de
Educação”, acrescenta Thomás Resende, gestor do Conviva.
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