Desmatamento cai e reforça o valor da Floresta Amazônica em pé; conservação é sete vezes mais lucrativa do que exploração - Relatório divulgado nesta terça (28) revela uma redução de 12% no desmatamento do Brasil
O Brasil perdeu, em 2023, 1,8 milhão de hectares de vegetação nativa, segundo dados do Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2023) do MapBiomas, divulgado nesta terça-feira 28. O que equivale a duas vezes a extensão do estado do Rio de Janeiro. O número ainda é alto, mas pela primeira vez representa uma redução desde 2019. É uma notícia positiva, mas o estudo aponta um dado preocupante: o desmatamento está mudando para outros tipos de biomas e aumentaram no Pantanal, Caatinga e Cerrado, que ultrapassou pela primeira vez, em 5 anos, a derrubada da floresta amazônica. Cada vez que se destrói a mata nativa da região, há um impacto na água doce, no controle de doenças, na biodiversidade usada na produção de medicamentos e na indústria de cosméticos, na qualidade do ar, na regulação do clima, entre outras desvantagens. O combate ao desmatamento é visto por muitos como um entrave ao desenvolvimento econômico, a partir desse ponto, uma floresta em pé também sai na frente quando analisamos números.
De acordo com o Banco Mundial, o valor da Floresta Amazônica
é sete vezes superior ao lucro obtido através de diferentes explorações
econômicas na região. Isso inclui atividades sustentáveis, como extração de
madeira de baixo impacto, produtos não madeireiros e turismo sustentável. Isso
sem contar com o recente mercado de carbono, em regulamentação no país, que
pode render 120 bilhões de dólares ao Brasil, até 2030, segundo cálculo da
Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil). Ainda sobre o desmatamento, o
Banco Mundial afirma que a atividade é “redistribuição ineficiente de riquezas
públicas para o privado”.
O desmatamento e queima de combustiveis fósseis são apontados
como os principais causadores do aquecimento global que traz diversas
consequências. Nosso país é o sexto maior poluidor do ar no mundo e a população
e empresas precisam entender que o valor
de uma floresta em pé é determinante para evitar desastres naturais agora e
para a sobrevivencia no futuro e ainda traz vantagens econômicas para o Brasil,
em relação a outros países.
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