Justiça reduz indenização para família do menino Miguel – Desembargadores consideraram que valor inicial era "excessivo"
A Justiça do Trabalho em Pernambuco decidiu nesta
quarta-feira (15) reduzir para R$ 1 milhão a indenização que deve ser paga pelo
ex-prefeito de Tamandaré (PE) Sergio Hacker e sua esposa, Sari Corte Real, à
família do menino Miguel, que morreu em 2020.
A redução foi aprovada em sessão da Segunda Turma do Tribunal
Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, sediado em Recife, ao aceitar um
recurso da defesa do casal. No ano passado, eles foram condenados ao pagamento
de R$ 2 milhões por danos morais.
Por unanimidade, os desembargadores entenderam que o valor
maior, estipulado anteriormente pela primeira instância, foi
"excessivo".
Com a nova decisão, Mirtes Renata, mãe do menino, e Marta
Maria Santana, avó do garoto, deverão receber R$ 500 mil cada uma, totalizando
R$ 1 milhão. Elas também poderão recorrer da decisão.
No dia 2 de junho de 2020, sem ter com quem deixar Miguel
Otávio, de 5 anos, devido ao fechamento das escolas durante a pandemia de
covid-19, Mirtes levou o filho para a residência do ex-prefeito, onde trabalhava
como empregada doméstica.
Durante o expediente, a patroa, Sari, pediu a Mirtes que
fosse passear com o cachorro da família. O filho ficou no apartamento. A patroa deixou o menino entrar em um
elevador, sozinho, em busca da mãe e voltou para casa para fazer a unha com uma
manicure. Ele entrou no elevador, no quinto andar, e foi até o nono, onde caiu ao ficar suspenso em uma janela.
A tragédia levou a assembleia de Pernambuco a aprovar a Lei
Miguel, norma que proíbe que crianças de até 12 anos de idade utilizem elevador
desacompanhadas de adultos.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...