Pandemia gerou queda no IDH Municipal e teve impactos desiguais nos Estados, aponta PNUD - Relatório do PNUD revela queda no IDH Municipal no Brasil durante a pandemia, com impactos desiguais nos Estados; desigualdade de gênero e raça também são apontadas
Durante a pandemia de covid-19, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil e de diversos outros países sofreu uma queda significativa, afetando de forma desigual os municípios e Estados. Um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou as maiores quedas no IDH Municipal entre 2019 e 2021, além de apontar a desigualdade de gênero e raça. Os valores apresentados pelo PNUD consideram o IDH Municipal (IDHM), que leva em conta não apenas a longevidade, a educação e a renda da população, mas também a qualidade de vida e o acesso a serviços básicos. Todos os Estados brasileiros tiveram queda no IDHM durante a pandemia, porém alguns conseguiram minimizar os impactos, mesmo sem grandes recursos financeiros. Estados que adotaram políticas públicas eficazes para lidar com a crise da covid-19 tiveram um desempenho melhor no IDH, segundo o representante do PNUD no Brasil, Claudio Provida. O Maranhão, por exemplo, teve uma queda menor no IDHM do que o Distrito Federal, mesmo sendo considerado menos desenvolvido.
Alagoas e Sergipe foram os Estados com melhor desempenho,
registrando uma queda de apenas 0,4% no IDHM. Já Amapá e Roraima tiveram as
piores quedas, com 6,6% e 6,7%, respectivamente. O número de Estados com IDHM
considerado “médio” aumentou de dois para sete, com as regiões Norte e Nordeste
sendo as mais impactadas. O Brasil teve um progresso de 5,2% no IDHM entre 2012
e 2019, porém uma retração de 2,4% de 2019 para 2021. Isso resultou em um IDHM
de 0,766 em 2021, apenas 2,7% maior do que em 2012. O relatório também destaca
a desigualdade de gênero e raça, apontando a lentidão na diminuição das
disparidades ao longo da década estudada.
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