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Procon-SP mostra como consumidor percebe a questão ambiental ao adquirir um produto Resultados apontam certo nível de conscientização quanto a uso de água e energia e descarte de lixo, mas há pontos a serem melhorados



Consulta realizada pelo Procon-SP com 1.560 consumidores identificou alguns comportamentos importantes dos consumidores, que refletem de alguma forma questões de consumo que precisam ser trabalhadas para que o meio ambiente seja mais bem cuidado e protegido.

A pesquisa foi feita com consumidores que acessaram o site oficial do órgão de defesa do consumidor entre os dias 15 de abril e 7 de maio.

O tema, diante das consequências dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, ganha importância e chama a atenção para uma frente que deve ser considerada em todas as iniciativas de conscientização: o consumidor e as formas de consumo.

O levantamento apresentou 19 perguntas envolvendo temas como destinação do lixo doméstico, reciclagem, utilização racional da água e energia elétrica e responsabilidade social.


Alguns resultados

Utilização racional da água e energia elétrica

A maioria dos consumidores (80%) informou que nunca deixa a torneira aberta enquanto escova os dentes; 66% responderam que nunca deixam a luz acesa quando saem de um ambiente; 84% usam sempre lâmpadas LED com o objetivo de economizar energia e 59% sempre juntam uma grande quantidade de roupas para passar de uma vez.

Sobre o tempo gasto debaixo do chuveiro, 51% admitiram que às vezes seu banho passa de 10 minutos. No que diz respeito à reutilização da água da máquina de lavar, 36% responderam que sempre o fazem e apenas 28% admitiram nunca reutilizar.

Destinação do lixo/reciclagem/poluição do ar

Dentre os consumidores que responderam o questionário, 94% informaram que quando vão à praia sempre se preocupam em jogar o lixo em um recipiente disponível ou, não havendo, afirmam levá-lo para casa. Já 57% disseram que sempre separam o seu lixo doméstico reciclável.

Questionados quanto se informar se a embalagem é reciclável na hora da compra de um produto, apenas 25% declararam que sempre verificam. Também uma pequena porcentagem (28%) sinalizou que sempre reaproveita ou reutiliza essas embalagens. Esse ponto é bastante sensível porque relaciona diretamente os cidadãos com seus momentos de consumo, contribuindo para a geração de grandes quantidades de resíduos, portanto, merece maior atenção na busca de embalagens ou formatos de venda mais sustentáveis.


Sobre retornar as baterias usadas para o fabricante, 41% dos entrevistados responderam que nunca o fazem, e 30% disseram que algumas vezes tomam essa iniciativa. Também outro aspecto que indica a necessidade de se criar mais pontos de coleta desses itens, ou seja, um amplo sistema de logística reversa.

Com relação à coleta seletiva, 59% dos entrevistados declararam haver na sua rua/bairro, mas uma grande parcela (32%) apontou que não há essa opção, o que também é um fator que dificulta a adoção de políticas de economia circular, tendo como base a reciclagem, por exemplo.

Responsabilidade social e decisão de consumo

O resultado do levantamento revela que a maior parte dos consumidores (48%), quando escolhe seus produtos, nem sempre tem interesse em saber se a fabricante apresenta algum tipo de preocupação ambiental e social; 22% responderam que nunca se interessam e 30% disseram estar sempre atentos a essa questão.

Esse resultado evidencia que os produtos, enquanto canais potenciais de conscientização sobre sustentabilidade, ainda não são utilizados como poderiam, o que seria um ponto de reflexão para um consumo mais responsável, contribuindo para a redução dos resíduos produzidos.

Conclusões


A análise dos resultados indica que o consumidor já se mostra consciente em relação ao uso racional da água e da energia elétrica. Porém, fica difícil estabelecer qual o limite entre a necessidade de racionalização por motivação financeira, por motivação ambiental ou ambas, já que energia elétrica e a água são itens com peso significativo no orçamento doméstico de grande parte dos consumidores.

Ainda de acordo com o levantamento, nota-se a preocupação do consumidor em recolher o lixo nos espaços públicos. Mas, a falta de coleta seletiva em vários bairros das cidades, apontada pelos entrevistados, impacta diretamente na destinação e reaproveitamento do lixo doméstico e dos produtos recicláveis.

Apesar de, com base no princípio da corresponsabilidade, ser obrigação do fabricante, ao conceber o produto, já pensar no seu descarte e no impacto que provocará no meio ambiente, o consumidor ainda encontra dificuldade ao tentar devolver as baterias de telefones celulares, por exemplo.

É necessário o desenvolvimento de tecnologia para que o reaproveitamento ou reciclagem das baterias seja economicamente viável.

A consulta também apontou pouco interesse do consumidor sobre esse tema, que ainda precisa ser amplamente discutido, de modo a atender às expectativas de todos os envolvidos: empresas, governos, consumidores, comunidades e trabalhadores.

Informar-se sobre os impactos da produção e do pós-consumo de produtos e serviços é um instrumento fundamental para ajudar os consumidores a cumprir sua responsabilidade. Mas para que isso ocorra, é preciso que essas informações sejam compreensíveis, comparáveis, atestadas e que revelem todos os aspectos impactantes na cadeia produtiva até o descarte final.



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