O governador
em exercício Felicio Ramuth autorizou nesta terça-feira (2) a assinatura de um
protocolo de intenções para implementação do primeiro Distrito de Inovação da
capital paulista. A ação formaliza a iniciativa de criação de um ambiente de
troca de experiência entre universidades, empresas, institutos de pesquisa,
instituições de fomento, startups e outros órgãos para impulsionar o
desenvolvimento de projetos de inovação e tecnologia em São Paulo.
“Estou muito
feliz por esse momento, pois aqui a gente abre o caminho para aproveitar a
expertise e o esforço que a união de todos os institutos referência para o
Estado de São Paulo e para a América Latina podem gerar. E o resultado só pode
ser um: o avanço exponencial em ciência, em ciência aplicada e,
consequentemente, em inovação. É nisso que a gente acredita”, afirmou Felicio.
“Então começamos com esse grupo de trabalho, fazendo um trabalho interno, para
que a gente possa tão logo implementar uma infraestrutura física para
complementar as outras estruturas que já existem e produzem inovação e
tecnologia em São Paulo”, acrescentou.
A cerimônia
no Palácio dos Bandeirantes teve a presença do secretário de Ciência,
Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes,
parlamentares estaduais e municipais, reitores de universidades estaduais,
gestores de institutos de pesquisa e representantes do ecossistema de inovação
e tecnologia de São Paulo, que vão integrar o projeto.
O Distrito
de Inovação na capital conta com a participação de grandes nomes da inovação
paulista, como USP (Universidade de São Paulo), IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas, Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e Instituto
Butantã. A iniciativa traz como parceiros também a Fapesp (Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo), que apoia o trabalho de pesquisadores dessas
instituições, e a Prefeitura de São Paulo, que assina o documento em conjunto
com os demais fundadores e participa de várias etapas, do projeto à
implantação.
“São
centenas de laboratórios e toda uma estrutura grande e valiosa, com
profissionais que vão interagir para benefício mútuo das organizações
participantes e da sociedade, com a finalidade de solucionar entraves
relacionados à competitividade e à produtividade, por exemplo. O Governo do
Estado está apoiando a iniciativa para que o distrito venha a ser um
catalisador de inovações, um importante ponto de encontro colaborativo”, afirma
Vahan Agopyan, secretário da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Incremento
urbanístico
Em uma
próxima etapa o projeto prevê um espaço físico estimado em 45 mil m², com salas
de interação, locais para eventos e centros de treinamento para empreendedores.
O objetivo é utilizar de uma área integrada à USP, IPT e Ipem para promover uma
sinergia entre os participantes capaz de gerar, na ponta do processo, novas
soluções em benefício da sociedade.
Outro
resultado positivo do Distrito de Inovação será a transformação urbanística da
região, considerando que a instalação e reorganização de muitas empresas e
instituições no local levará a um incremento na construção civil e na ampliação
e movimentação do comércio e do setor de serviços na região, sempre respeitando
regras ambientais e de planejamento urbano.
A previsão
do Estado é que ocorra a instalação de outros distritos em grandes cidades do
interior que também contam com ambientes de inovação, nos mesmos moldes do que
será feito na capital, preservando a autonomia das instituições envolvidas.
Entre os vários fatores que conferem sucesso ao modelo do Distrito de Inovação, podem ser mencionados a reputação das instituições envolvidas, a proximidade entre universidade, centros de pesquisa e empreendedores, a concentração de empresas e startups de reconhecido valor e a criação conjunta dos programas entre os diversos parceiros.
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