Com recorde de faturamento, citricultura paulista gera mais de 45 mil empregos na safra - Combatendo o greening e se adaptando às novas condições climáticas, citricultura paulista registrou alta de postos de trabalho no setor.
Responsável
por 90% do volume exportado pelo país, segundo os dados da safra 2023/24, SP
foi responsável por gerar 45.112 vagas de emprego no estado, uma alta de 10% em
comparação a safra anterior. As informações são da Associação Nacional dos
Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
“O combate
ao greening no estado de São Paulo tem exigido muito de nossos técnicos, das
cooperativas, e associações do setor, mas, principalmente, tem exigido dos
produtores de nosso Estado. Esses dados chegam na hora certa, para que possamos
ver que realmente estamos fazendo a diferença trabalhando juntos”, comentou o
secretário Guilherme Piai.
“A
citricultura é um importante setor gerador de empregos, que colabora com
contratações ao longo do ano, com todas as proteções legais aos trabalhadores
em regiões que são carentes de vagas formais, o que gera renda e
desenvolvimento para o interior de São Paulo”, explica o diretor-execitvo da
CitrusBR, Ibiapaba Netto.
A Secretaria
de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo comemora o avanço do
setor. No mais recente levantamento do Instituto de Economia Agrícola
(IEA-APTA), vinculado à Pasta, a produção de laranja paulista pontuou entre os
cinco principais produtos do agro paulista na balança comercial, responsável
por 8,2% de tudo que foi exportado por São Paulo, em um montante de US$ 1,15
bilhão na balança do Estado.
O Governo de
São Paulo tem realizado esforços para manter o crescimento deste importante
setor para a economia paulista. Por meio de ações transversais, o combate ao
Greening está sendo feito nos âmbitos da defesa agropecuária, da liberação de
crédito e suporte técnico ao produtor.
Em novembro de 2023, foi oficializado por meio de decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas, o Comitê de Combate ao Greening, que reúne cinco secretarias da gestão estadual, além de produtores e representantes do setor da citricultura para propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.
Ainda, por
meio do Instituto Biológico (IB-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e
Abastecimento, SP busca novas formas para o controle do psilídeo, inseto transmissor
do greening, utilizando inimigos naturais do psilídeo para seu enfrentamento. A
iniciativa conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp).
A CDA lançou
também um canal direto para que a população, especialmente os produtores
rurais, denunciem pomares de citros abandonados ou mal manejados no Estado. O
canal de denúncia tem como objetivo informar à Defesa Agropecuária a
localização desses pomares de citros abandonados ou mal manejados, para que
sejam feitas ações de educação e conscientização do produtor, a fim de adotarem
as medidas necessárias para o controle da doença.
No fim de
maio de 2024, o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), também da
Secretaria de Agricultura, liberou linha de crédito para os produtores de citros
mais prejudicados pela praga.
Toda a
cadeia produtiva da laranja gera cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos,
gerando U$ 189 milhões em impostos. A cadeia produtiva do suco de laranja
brasileiro responde por 74% das vendas globais da bebida, com a liderança
disparada de São Paulo.
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