São Paulo confirma mais cinco casos de transmissão local de febre Oropouche - Brasil concentra mais de 90% dos casos relatados nas Américas, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS); em julho, país registrou as primeiras duas ocorrências fatais no mundo
A Secretaria
de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou mais três casos autóctones
(com transmissão local) de febre oropouche. Chegam a cinco os registros em
território paulista até agora. Todas as infecções foram na região do Vale do
Ribeira: quatro no Cajati e outro em Pariquera-Açu. Segundo a SES-SP, cinco
pacientes passam bem. Além de São Paulo, outros 22 Estados confirmaram casos
autóctones neste ano, segundo o Ministério da Saúde: Acre (265), Alagoas (6),
Amapá (7), Amazonas (3.227), Bahia (842), Ceará (95), Espírito Santo (432),
Maranhão (23), Mato Grosso (17), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (151),
Pará (78), Paraíba (1), Paraná (3), Pernambuco (109), Piauí (28), Rio de
Janeiro (79), Rondônia (1.709), Roraima (243), Santa Catarina (165), Sergipe
(10) e Tocantins (2). No total, a pasta registrou 7.497 casos da doença em
2024, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses. Em 2023, foram 831.
Com esse
total de ocorrências, o Brasil concentra mais de 90% dos casos de febre
oropouche nas Américas, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS). Em julho, o ministério confirmou duas mortes por febre oropouche
no país, os primeiros casos fatais no mundo. Segundo a pasta, as vítimas eram
mulheres com menos de 30 anos, sem comorbidades, e viviam no interior da Bahia.
Elas tiveram sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave. Na sexta-feira
passada (2) a pasta também confirmou a primeira morte fetal por transmissão
vertical da doença. A ocorrência foi registrada em Pernambuco e envolve uma
mulher de 28 anos que estava na 30ª semana de gestação.
Oito casos
de transmissão de mãe para filho durante a gravidez ainda estão sob
investigação, sendo quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre. Deles,
quatro evoluíram para morte fetal e quatro apresentaram anomalias congênitas
como microcefalia. Como não há um medicamento específico para tratar a febre
oropouche, o acompanhamento da doença é feito para amenizar os sintomas. Dessa
forma, pacientes podem ser orientados a tomar medicações para dor, náuseas e
febre, além da indicação de hidratação e repouso. De acordo com o Ministério da
Saúde, as formas de prevenção incluem evitar áreas onde há muitos mosquitos, se
possível, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente em
área exposta.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...