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Ameaçada de extinção, mais uma arara-azul-de-lear nasce em São Paulo

Nasceu a primeira arara-azul-de-lear do Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (Cecfau), mantido pelo estado de São Paulo. Desde 3 de janeiro, o filhote se soma a outros 14 animais da espécie no local, considerado a maternidade de animais ameaçados de extinção. Em 2024, seis araras-azuis-de-lear nasceram no Cecfau, em Araçoiaba da Serra, no interior paulista.

“A gente trabalha com o objetivo de aumentar a população da espécie e também conseguir enviar [essas aves] para soltura na natureza”, disse a bióloga Giannina Piatto Clerici, gestora do Cecfau. O filhote está sendo alimentado por profissionais e mantido em berçário.

Os pais - batizados de Maria Eduarda e Dumont - são vítimas do tráfico de animais, foram recuperados pela equipe do Cecfau e continuarão sob cuidados. Já a nova arara filhote, depois que aprender a voar e se alimentar sozinha, será avaliada e há a possibilidade de que seja solta na natureza.

“Só o tempo vai dizer. A gente segue um protocolo bem rigoroso de não ficar conversando com o filhote, nem fazendo carinho, tentar ao máximo evitar esse contato para que eles não fiquem tão mansos. Mas isso depende muito de cada ave. Quando ela tiver uma idade suficiente, será avaliado o seu comportamento para saber se há chances de soltura ou não. Isso a gente só vai saber no futuro”, explicou a bióloga.

A avaliação ocorrerá quando a arara tiver por volta de um ano de idade. “É uma série de fatores avaliados: se o animal sabe voar bem, se ele está empenado direitinho e se ele sabe quebrar coquinho que a gente oferta aqui e é uma das principais dificuldades que eles enfrentam”, relatou. Quando o animal não está apto para soltura na natureza, ele segue sob cuidados no próprio Cecfau ou em outra instituição de conservação de fauna.

Desde 2019, 26 filhotes de araras-azuis-de-lear nasceram no núcleo e dez foram enviados para soltura na região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia.

O Cecfau integra o Programa de Manejo Populacional da Arara-azul-de-lear desde sua inauguração, em 2015, visando auxiliar na conservação da espécie.

O centro é referência na reprodução e conservação de espécies ameaçadas de extinção fora de seu habitat. Os pesquisadores promovem a procriação desses animais para evitar o desaparecimento e garantir a reinserção na natureza quando possível.



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