SP contra a dengue: Governo anuncia Centro de Operações de Emergências e repasse de R$ 228 mi a municípios
O governador Tarcísio de Freitas anunciou na quinta-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes, a criação do Centro de Operações de Emergências (COE) de combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e Zika. O governador também anunciou o repasse de R$ 228 milhões para apoiar os municípios paulistas no enfrentamento das arboviroses, sendo metade equivalente à cota fixa do incentivo de gestão municipal e a outra metade proveniente dos recursos de enfrentamento à dengue.
“O primeiro
desafio do ano de 2025 é o enfrentamento à dengue. Só teremos sucesso se
fizermos juntos o que tem que ser feito. Temos em desenvolvimento a vacina do
Butantan, que está indo muito bem, mas só teremos escala em 2026”, afirmou o
governador. “Nós temos o desafio de agora, com questões como o clima que
favorece a proliferação dos vetores. O segundo problema é que muitas pessoas
tiveram dengue no ano passado e a repetição favorece o desenvolvimento de uma
dengue grave. Por fim, temos um sorotipo diferente que está circulando. Com o
que nós temos de ferramenta agora, temos que combater o vetor e nos estruturar.
Cada um precisa fazer a sua parte: o cidadão, as prefeituras, já que a
zeladoria terá muito efeito e o estado de São Paulo, que dará todo o suporte”,
afirmou o governador.
Até
quarta-feira, 22 de janeiro, São Paulo registrou 31 municípios em estado de
emergência, 29.604 casos de dengue e seis óbitos confirmados. Para coordenar
estratégias e ações de combate ao Aedes aegypti, bem como apoiar as regiões no
planejamento estratégico, o COE é formado pela Secretaria de Estado da Saúde,
Casa Civil, Casa Militar/Defesa Civil, Secretaria de Comunicação, Secretaria da
Segurança Pública, Secretaria da Educação, Secretaria de Meio Ambiente,
Infraestrutura e Logística, Secretaria de Desenvolvimento Social, além Conselho
de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo e Exército como
convidados.
O anúncio
contou com a presença dos secretários estaduais Eleuses Paiva (Saúde) e Coronel
PM Henguel Ricardo Pereira (Casa Militar e Defesa Civil); do diretor do
Instituto Butantan, Esper Kallás; do presidente da Assembleia Legislativa de
São Paulo, deputado André do Prado, além parlamentares estaduais, municipais,
prefeitos, diretores e secretários municipais da Saúde.
“O
enfrentamento da dengue é uma ação conjunta entre o Estado e municípios. Desde
o ano passado, adotamos uma série de medidas de combate à doença. Além da
antecipação do valor recorde do IGM SUS Paulista, vamos adquirir outros 100
novos equipamentos de nebulização portátil, alcançando um total de 730
unidades, e mais dez máquinas pesadas, elevando para 55 equipamentos acoplados
às viaturas”, destacou o secretário Eleuses Paiva.
O IGM SUS
Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) é um recurso do Tesouro Estadual para
dar suporte aos 645 municípios paulistas, no enfrentamento às arboviroses
urbanas, sobretudo à dengue.
Ações permanentes
O sorotipo 3
da dengue estava com baixa predominância desde 2016, e foi reintroduzido no
Estado de São Paulo em 2023, sendo identificado pelo monitoramento das unidades
sentinelas para arboviroses. As autoridades reforçam a importância dos cuidados
no combate ao mosquito transmissor, destacando que, devido a não circulação
prolongada desse sorotipo por um período, grande parte da população encontra-se
vulnerável à infecção.
Desde o ano
passado, o Governo de São Paulo investiu mais de R$ 225 milhões no combate à
dengue. Os valores são referentes à antecipação de R$ 205 milhões do IGM SUS
Paulista, aquisição de 6 mil litros de adulticida (inseticida usado no combate
a formas adultas do mosquito Aedes aegypti), que teve investimento total de R$
4,3 milhões. A Secretaria de Estado da Saúde também investiu R$ 9,7 milhões em
medicamentos e insumos para o combate à doença. Além disso, foram transferidos
R$ 5,1 milhões para os municípios adquirirem repelentes específicos para a
população gestante.
Também foram
adquiridos 133 equipamentos de nebulização portátil e mais seis de nebulização
ambiental, que são acoplados nas viaturas. Toda a rede de leitos hospitalares
foi monitorada para atender aos casos graves e de alta complexidade da doença.
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