Nesta sexta-feira (21), o F5 fez contato com a direção do Hospital Madre Vaninni, que esclareceu as medidas adotadas após
um incidente envolvendo um médico plantonista durante a madrugada de domingo
para segunda-feira (17/02). O caso gerou repercussão após relatos sobre
dificuldades no atendimento e pela restrição de acesso ao local por parte do
vereador Leandro. O F5 conversou com a diretora da unidade, Nidja
Cláudia Lima Arruda, que explicou as providências tomadas e o posicionamento da
instituição sobre fiscalizações em hospitais.
Médico foi advertido e será
desligado em março
De acordo com a diretora do hospital, o episódio ocorreu na
madrugada de 17 de fevereiro, quando uma paciente relatou dificuldades para ser
atendida. Segundo o relato, o médico de plantão teria sido chamado pela equipe
de enfermagem e demorado a atender.
A administração do hospital informou que foi comunicada sobre
o ocorrido pela enfermeira responsável e por outros funcionários no próprio dia
17/02. Como medida imediata, o profissional foi advertido formalmente e
retirado da escala de plantões. Além disso, a diretora confirmou que o médico
será desligado definitivamente do quadro de serviços do hospital em março.
Direção explica impedimento
da entrada do vereador
No mesmo dia, o vereador Leandro relatou ter recebido uma
ligação informando sobre a situação no hospital e tentou entrar na unidade para
acompanhar a ocorrência. Entretanto, sua entrada teria sido impedida. O caso
foi abordado por ele durante a sessão da Câmara Municipal de Conchal, no dia 17
de fevereiro, onde questionou a decisão da administração. Assista:
Durante seu pronunciamento, Leandro destacou que os
vereadores têm a função de fiscalizar os serviços públicos, especialmente em
locais que recebem recursos municipais, como é o caso do Hospital Madre
Vaninni. Segundo ele, a restrição da entrada limitaria a atuação parlamentar na
fiscalização do atendimento à população.
Por outro lado, a diretora do hospital argumentou que a
situação já estava sob controle quando o vereador tentou ingressar na unidade e
que a instituição segue orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM) para
garantir a integridade dos pacientes e profissionais de saúde.
Orientação do CFM sobre
fiscalizações em hospitais
O Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgou no dia 7 de
janeiro de 2025, um documento que alerta sobre fiscalizações em unidades de
saúde que devem ser conduzidas de maneira técnica e respeitosa, sem comprometer
o funcionamento do atendimento médico.
O CFM reconhece a legitimidade do papel dos parlamentares na
fiscalização de serviços públicos, mas reitera que a administração hospitalar e
os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) são as instâncias responsáveis pela
avaliação do cumprimento das funções médicas. O documento enfatiza que locais
de descanso dos médicos são protegidos por leis trabalhistas e que denúncias
sobre eventuais falhas devem ser formalizadas por canais adequados, como a
administração do hospital e o próprio CRM. Veja Documento
Além disso, o CFM alerta que ações de fiscalização precisam
respeitar regras de sigilo e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando
exposições indevidas de profissionais e pacientes.
Embora a nota do CFM traga recomendações para a condução
dessas fiscalizações, não se trata de uma regra obrigatória, mas sim de uma
orientação para que essas ações ocorram de forma organizada, evitando impactos
negativos no funcionamento das unidades de saúde.
Equilíbrio entre
fiscalização e normativas institucionais
Deve haver o equilíbrio entre a fiscalização parlamentar e a
aplicação de normas institucionais em unidades de saúde. De um lado,
parlamentares têm o direito e a responsabilidade de acompanhar o funcionamento
de serviços públicos. Por outro, hospitais e instituições médicas possuem
protocolos internos e diretrizes regulatórias que devem ser seguidos para
preservar a organização dos atendimentos e a segurança dos pacientes.
A diretora do hospital reiterou que a instituição está à
disposição para prestar esclarecimentos formais aos órgãos competentes e
ressaltou que existem meios administrativos apropriados para apuração de
eventuais irregularidades.
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