PF e CGU fazem operação contra fraudes no INSS; investigações apontam descontos irregulares em benefícios de R$ 6,3 bi
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU)
fazem operação na manhã desta quarta-feira (23) em 13 estados e no Distrito
Federal contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (leia mais
abaixo).
Ao todo, estão sendo cumpridos 211 mandados judiciais de
busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária, além de ordens de
sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.
Até a última atualização desta reportagem, seis servidores
públicos tinham sido afastados de suas funções, entre eles o presidente do INSS,
Alessandro Stefanutto.
Segundo interlocutores do governo, o procurador-geral do
INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, também foi afastado.
Além do presidente e do procurador, segundo interlocutores,
estão entre os afastados:
·
o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao
Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker;
·
o diretor de Benefícios e Relacionamento com o
Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos; e
· o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do
INSS, Jacimar Fonseca da Silva.
O sexto envolvido, afastado de suas funções, é um agente da
PF que trabalha no aeroporto de Congonhas, mas não teve o nome divulgado.
Segundo as investigações, ele dava apoio ao esquema.
Segundo a PF, as entidades investigadas — que representavam
esses beneficiários — descontaram de aposentados e pensionistas, sem
autorização, o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.
A polícia ainda não detalhou como o esquema funcionava na
prática, mas informou que tinha relação com as mensalidades associativas
aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e
pensões, concedidos pelo INSS.
Reunião
com Lula
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU,
Vinícius de Carvalho, estiveram reunidos na manhã desta quarta com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada.
O encontro ocorreu para tratar da operação, que mexeu com o
alto escalão do INSS.
Crimes
Os investigados poderão responder pelos seguintes crimes:
*corrupção ativa
*corrupção passiva
*violação de sigilo funcional
*falsificação de documento
*organização criminosa
*lavagem de capitais.
Operação
simultânea
Alguns dos mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal,
inclusive na sede do INSS.
A operação acontece também nos estados de:
Alagoas
Amazonas
Ceará
Goiás
Maranhão
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Paraná
Pernambuco
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
São Paulo
Sergipe.
Beneficiários
prejudicados
A PF orienta que os aposentados e pensionistas do INSS que
tiverem desconto indevido de mensalidade associativa no extrato de pagamentos
(contracheque) peçam a exclusão do débito de forma automática pelo aplicativo
ou site meu INSS.
Na tela inicial do Meu INSS é disponibilizada a consulta de
“mensalidade associativa”.
Em seguida, uma funcionalidade no aplicativo/site permite que
aposentados e pensionistas além de consultarem o desconto no pagamento, peçam a
exclusão e/ou bloqueio através do serviço “exclusão de mensalidade de
associação ou sindicato” e/ou “bloqueio de mensalidade de associativa".
O serviço também pode ser solicitado pela Central 135, assim
como diretamente às entidades associativas.
*Com informações do G1
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